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Defesa de Bolsonaro alega do TSE que reunião com embaixadores tinha objetivo de dar mais transparência às urnas eletrônicas
Defesa de Bolsonaro alega do TSE que reunião com embaixadores tinha objetivo de dar mais transparência às urnas eletrônicas| Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta segunda-feira (10), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as alegações finais na ação que investiga possíveis interferências no processo eleitoral do ano passado e que pode tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos.

Entre as acusações contra o ex-presidente, consta a reunião que Bolsonaro fez em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, com embaixadores estrangeiros, durante a qual lançou uma série de dúvidas sobre a integridade do voto eletrônico adotado no Brasil pela Justiça Eleitoral – as mesmas suspeitas que já apresentava ainda antes de 2018 e voltou a levantar ao longo de seu mandato, de forma mais frequente a partir de 2021, todas elas fortemente rechaçadas pelo TSE.

O caso da minuta do decreto e as manifestações do dia 8 de janeiro também foram incorporadas à ação contra o ex-presidente. A defesa de Bolsonaro buscou contestar a adição desses novos fatos no processo, ocorridos após a eleição, por não terem a participação do ex-presidente.

As alegações finais e informações sobre o processo seguem em sigilo provisório, após determinação do relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves. Ele decretou o sigilo no processo depois que a defesa de Bolsonaro sustentou, nas alegações finais, que não havia provas de ligação do ex-presidente com a minuta de um decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Uma perícia da Polícia Federal não encontrou digitais de Bolsonaro no papel apreendido. O texto do documento previa a imposição de um estado de defesa no TSE para rever a apuração das eleições.

No último dia 31, o ministro encerrou a instrução probatória da ação de investigação judicial eleitoral (aije). Ele considerou que já foram juntadas as provas necessárias para tomar uma decisão e abriu prazo para as partes – o PDT, autor da ação, e Bolsonaro, acusado de abuso de poder político – apresentarem suas alegações finais, na última manifestação no processo.

Com a apresentação dos fatos, a Procuradoria-Geral Eleitoral tem até essa quarta-feira (12) para dar o parecer final. Depois a decisão, segue para julgamento a ser marcado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

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