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"Máxima urgência"

Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização urgente para cirurgia

Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização urgente para cirurgia
Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização com a “máxima urgência” para que o ex-presidente seja submetido a cirurgias. (Foto: EFE/Andre Borges)

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A defesa de Jair Bolsonaro (PL) voltou a pedir nesta segunda-feira (15) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes uma autorização com a “máxima urgência” para que o ex-presidente seja submetido a procedimentos cirúrgicos. Os advogados afirmam que Bolsonaro precisa de cirurgia para corrigir hérnias inguinais bilaterais, além de outros procedimentos .

“Requer-se a Vossa Excelência seja autorizada, com a máxima urgência, a remoção do Peticionário para o hospital indicado no relatório médico, a fim de que seja submetido ao procedimento cirúrgico de herniorrafia inguinal bilateral e às intervenções complementares descritas, bem como sua permanência pelo período necessário à adequada recuperação clínica”, diz o documento.

Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde o dia 22 de novembro. O primeiro pedido foi apresentado no último dia 9. No entanto, Moraes determinou a realização de uma perícia por médicos da Polícia Federal. O ministro também acatou a solicitação da defesa e autorizou a realização de um ultrassom.

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“Em cumprimento à autorização judicial, foi realizada ultrassonografia da parede abdominal e das regiões inguinais, exame efetuado nas dependências da Polícia Federal, cujo laudo confirmou o diagnóstico de hérnias inguinais bilaterais”, disseram os advogados, com base no resultado do novo ultrassom.

O médico que acompanha Bolsonaro, Claudio Birolini, elaborou um relatório reiterando a necessidade de realização do procedimento cirúrgico de “herniorrafia inguinal bilateral”. Birolini destacou que os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço, que provoca aumento intermitente da pressão abdominal.

Este aumento de pressão eleva “significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal – hipóteses que, se concretizadas, demandariam cirurgia de emergência, com riscos exponencialmente maiores”.

A defesa argumenta que o quadro clínico "não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves".

A cirurgia deve ser realizada em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, no Hospital DF Star, em Brasília. O tempo estimado de permanência hospitalar é de cinco a sete dias, necessário para contemplar o pré-operatório, o procedimento, a analgesia pós-operatória e a fisioterapia motora.

Além da correção da hérnia, a defesa pretende realizar o bloqueio anestésico do nervo frênico como medida terapêutica complementar para atenuar as crises de soluço.

A defesa utiliza os novos elementos clínicos para reforçar o pedido, já pendente de apreciação, de prisão domiciliar humanitária. Para os advogados, a indicação médica formal de cirurgia imediata torna mais evidente o “risco concreto à integridade física” do ex-presidente caso ele permaneça em regime fechado.

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