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O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou um projeto de lei que pretende proibir o uso de uniformes com cores que não estejam presentes na bandeira nacional por qualquer entidade que represente oficialmente o Brasil. À Gazeta do Povo, o parlamentar direcionou críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o lançamento da camisa vermelha da seleção brasileira, acusando a iniciativa de promover uma pauta ideológica.
”Esses que querem colocar a camisa vermelha querem trazer uma pauta ideológica. Eu quero proibir que isso aconteça. E não só com a questão da camisa da seleção”, afirmou Trovão. Ele enfatizou que o verde, o amarelo, o azul e o branco são as únicas cores que representam oficialmente o país e que qualquer desvio disso, segundo ele, descaracteriza os símbolos nacionais.
“A cor que se transmite no mundo afora é o verde, amarelo, azul e branco. É essa a nossa cor da nossa bandeira. Para mudar isso, nós teríamos que mudar a cor da bandeira, mudar o hino nacional, mudar aquilo que já está estabelecido desde a construção do nosso país”, ressaltou.
Zé Trovão também sugeriu que a adoção da camisa vermelha teria sido uma forma da CBF se afastar da identificação popular das cores verde e amarela com manifestações políticas, sobretudo as ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eles queriam mudar para o pessoal não usar mais o verde e amarelo, já que é usado em manifestações. Então muda para o rosa, muda para o preto.”, disse.
Sobre a camisa preta usada pela seleção anteriormente em campanhas contra o racismo, o deputado classificou a medida como um exemplo de "lacração" sem continuidade. “Jogaram de canto, porque para eles não tem interesse real. É só a lacração”, criticou Trovão.
“A ideia [deles] é realmente criar um estigma, que o PT também pode ter uma camisa para sair às ruas e fazer sua manifestação e bater no peito e falar essa camisa também é do Brasil. Camisa do Brasil é amarela, é verde, é azul, é isso que é”, concluiu.
O projeto ainda não tem data prevista para votação, mas já gera polêmica nas redes e no meio político, reacendendo o debate sobre a relação entre símbolos nacionais e disputas ideológicas.
