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Avaliação do governo

Desaprovação a Lula começa a cair, mas ainda supera aprovação

Lula
Avaliação negativa do petista alcança 50,1% dos entrevistados, enquanto que 46,1% aprovam gestão. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a recuar ao longo deste mês de abril de acordo com uma nova rodada da pesquisa AtlasIntel em parceria com a Bloomberg divulgada nesta segunda (28).

Segundo o levantamento, a desaprovação a Lula caiu 3,5 ponto percentual na comparação com a pesquisa anterior e somou 50,1%. Essa é a primeira vez em um ano que a avaliação negativa do petista começa a cair. Já a aprovação subiu 1,2 ponto percentual e chegou a 46,1%.

A AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas entre os dias 20 e 24 de abril através de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1%, com nível de confiança de 95%.

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Assim como a desaprovação, a análise de que Lula faz um governo ruim/péssimo também está em queda, mas ainda acima da aprovação:

  • Ruim/péssimo: 47,7%;
  • Ótimo/bom: 40,2%;
  • Regular: 9,6%.

A avaliação negativa de Lula é maior entre os homens (57,9%), dos 25 aos 34 anos (67,8%), com ensino médio (58,9%), renda de R$ 2 mil a R$ 3 mil (56,3%), das regiões Norte (70,1%) e Sul (49,8%), e que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição de 2022 (95,2%).

A predominância da avaliação negativa ao petista principalmente entre as pessoas com renda de R$ 2 mil a R$ 3 mil, e também com ganhos de R$ 3 mil a R$ 5 mil (53,6%), é a que mais preocupa o governo. Isso porque Lula tem tido dificuldade de dialogar com a “classe média”, e que passou a entrar na mira de seus discursos como uma necessidade de olhar mais.

Isso levou o governo a tomar medidas como criar uma nova faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida, oferecer imóveis com um valor mais elevado e atualizar as demais.

A desaprovação a Lula tem motivo e passa pela carga de impostos, responsabilidade fiscal e segurança pública. Estes três itens são apontados como os piores desempenhos do petista segundo os entrevistados pela AtlasIntel:

  • Imposto e carga fiscal: 53%;
  • Responsabilidade fiscal e controle de gastos: 52%;
  • Segurança pública: 49%.

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A chamada “taxa das blusinhas” de compras estrangeiras até US$ 50 (63%) e a suposta tentativa de fiscalização das transações via Pix (54%) são apontados como os maiores erros de Lula – que provocaram duas graves crises ao longo da primeira metade deste terceiro mandato e levaram a parte da perda de popularidade do presidente.

Apesar das críticas com algumas questões econômicas, a pesquisa revelou um aumento do Índice de Confiança do Consumidor, que calcula a expectativa para o mercado de trabalho e a compra de bens duráveis nos próximos 6 meses.

A percepção dos brasileiros passou a ser positiva após 6 meses e marca um nível de 3,7%, contra -1% em março e -8,8 em fevereiro.

Neste momento da pesquisa, as situações de emprego, da família e do próprio país são piores, mas com uma expectativa de melhora nos próximos seis meses:

  • Família: 41% de que vai melhorar, 24% que permanecerá igual e 35% que melhorará;
  • Emprego: 38%, 21% e 41%, respectivamente;
  • Brasil: 40%, 16% e 44%, respectivamente.

Com isso, a intenção de compras de bens duráveis também está começando a reagir e já soma 31,3% dos entrevistados. No entanto, 43,2% ainda acreditam fazer menos compras e 19,9% nem mais e nem menos:

Segurança ainda preocupa

Apesar da economia estar começando a tomar um rumo de lenta melhora, a segurança pública ainda preocupa disparadamente os brasileiros. Se 49% veem esta área com um desempenho ruim, 54,9% classificam a criminalidade e o tráfico de drogas como o maior problema enfrentado pelo Brasil.

Este item teve um leve crescimento dentro da margem de erro na comparação com a pesquisa do mês passado (54%), mas já entrou no radar de Lula e passou a citar em seus discursos a necessidade de aperfeiçoamento nas medidas de combate ao roubo de celulares. Em paralelo, o governo reforçou o tom a favor da PEC da Segurança Pública, que já foi encaminhada ao Congresso na semana passada.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou que a proposta será tratada com “prioridade total”. A PEC pretende ampliar o poder da União na coordenação de diretrizes da segurança pública, mas o governo frisa que não retirará dos estados a competência de gerir as políticas de seus efetivos.

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