Em ofício enviado nesta quinta-feira (31) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o secretário-executivo dele, Ricardo Capelli, tentaram explicar questões recorrentes da oposição sobre a atuação deles no dia das invasões na Praça dos Três Poderes.
Para justificar a inação dos pelotões da Força Nacional em 8 de janeiro, o titular do Ministério da Justiça recorreu a um parecer do Supremo Tribunal da Justiça (STF) acerca de uma operação na Bahia, que indicava necessidade de anuência prévia do governador.
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) rebateu o argumento, lembrando a atuação da força na posse de Lula e em manifestações de grande público em outros governos. O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também não vê razão para que o contingente não tivesse sido empregado, cumprindo sua missão constitucional.
O ministro também tentou explicar o desaparecimento das imagens de dezenas de câmeras do prédio do ministério por conta de cláusula contratual do prestador de serviços. Segundo seu secretário-executivo, a empresa poderia gravar por cima dos registros após completados 30 dias. As imagens entregues à CPMI duas semanas atrás e na quarta-feira (30) teriam sido as únicas ainda disponíveis porque estavam em mãos da Polícia Federal.
Os parlamentares da oposição rebateram também essa justificativa, lembrando que, caso sejam verdadeiras, denunciam ao menos uma negligência diante da importância dos fatos investigados.
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