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Os futuros ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, estiveram reunidos com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Os futuros ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, estiveram reunidos com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).| Foto: Renato Alves/ Agência Brasília

Os futuros ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, estiveram reunidos nesta terça-feira (27) com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para acertar detalhes sobre o planejamento do esquema de segurança para a cerimônia de posse do presidente eleito Lula (PT), que irá acontecer no dia 1º de janeiro em Brasília. Após o encontro os três deram uma entrevista coletiva para falar sobre a organização.

Segundo Dino, todo o efetivo das forças policiais do Distrito Federal estará de prontidão para garantir a tranquilidade do evento. “Todas as pessoas que virão à posse participarão de um evento em paz e retornarão para seus lares em paz. Não serão pequenos grupos terroristas, pequenos grupos extremistas que vão emparedar as instituições da democracia brasileira. Não há espaço para isso no Brasil”, declarou Dino.

De acordo com ele, a decisão sobre se o presidente Lula (PT) irá desfilar em carro aberto ou fechado, como reforço das medidas de segurança, será tomada apenas no momento da posse. “Os dois cenários estão disponíveis no dia, até por fatores climáticos. Tem chovido muito em Brasília. Essa decisão será tomada apenas no momento, após almoço”, afirmou o futuro ministro.

Segundo suspeito de atentado é identificado

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha afirmou que o atentado com explosivos que foi interceptado pela polícia no sábado (24) está sendo tratado como um ato terrorista e que as forças de segurança estão preparadas para reprimir eventuais novas ações. De acordo com ele, uma segunda pessoa foi identificada por envolvimento no crime, fugiu de Brasília e está sendo procurada pela polícia. George Washington de Oliveira Sousa está preso preventivamente no presídio da Papuda.

“O caso está sendo tratado realmente como um ato terrorista. Todas as providências já foram adotadas pela polícia e pelo judiciário no sentido da repressão. Queremos deixar bem claro que a polícia está preparada para reprimir atos como esses. É um crime hediondo que tem uma pena que pode chegar até 30 anos de prisão”, disse. “Nós confiamos na força do nosso poder Judiciário.

Acampamentos em frente aos quartéis serão desmontados

Ainda segundo Rocha, os acampamentos de manifestantes que estão montados em frente ao quartel do Exército, em Brasília, serão desmobilizados até o dia da posse do presidente eleito Lula (PT). “A gente aguarda novas operações até o dia da posse para que possamos desmobilizar todo esse pessoal. O Exército vem cuidando disso diariamente, desmontando parte dos acampamentos. Isso está acontecendo de forma bastante pacífica. A notícia que tempos por parte do general Dutra é de que a desmobilização está sendo feita pouco a pouco, e isso tem trazido um ambiente de mais tranquilidade", afirmou Ibaneis.

Em sua fala, Dino afirmou que o movimento de manifestantes nos acampamentos tem sido reduzido de forma natural, mas que, se necessário, estuda retirar os grupos de forma compulsória.

“Inicialmente o foco é no DF. Há esse cenário que se anuncia de uma desocupação voluntária, que nós acreditamos que ocorrerá nos próximos dias, antes da posse presidencial (de Lula). Esse é o cenário com o qual lidamos. Obviamente se isso não ocorrer, aí se abrem outras possibilidades de uma retirada compulsória. Vamos fazer uma avaliação de segurança”, afirmou.

O futuro ministro da Defesa, José Múcio, disse acreditar que o movimento de manifestantes que está em frente ao quartel tem sido pacífico e que o atentado planejado por um de seus frequentadores foi um ato isolado, diferente do que sugeriu Dino em entrevistas anteriores, quando chegou a afirmar que os acampamentos viraram “incubadoras de terroristas.”

"O movimento terrorista é isolado. Nós acreditamos que seja um movimento isolado. É uma coisa dele (suspeito), talvez mais um, mais dois. Mas o que tem acontecido nesses movimentos defronte ao quartel são pessoas vestidas de verde e amarelo, cantam o hino nacional. Fazemos fé que isso seja uma coisa passageira", declarou Múcio.

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