
Ouça este conteúdo
O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, prestou depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira (17), por cerca de 5 horas sobre o suposto esquema de espionagem ilegal de autoridades no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-diretor-adjunto do órgão Alessandro Moretti também prestou esclarecimentos sobre o caso. Os dois foram ouvidos simultaneamente na sede da corporação, em Brasília, mas em salas separadas.
A PF suspeita que Moretti e Corrêa tentaram obstruir as investigações sobre a “Abin paralela”. Em janeiro de 2024, Moretti foi demitido pelo presidente Lula (PT) em meio ao avanço do inquérito.
A expectativa é que a PF conclua o relatório e decida sobre o possível indiciamento de Corrêa e Moretti na próxima semana. Como o caso tramita em sigilo, não foram divulgados detalhes das oitivas.
Além disso, a corporação investiga a Abin por suposta espionagem de autoridades do Paraguai em meio às negociações do tratado da venda de energia excedente da usina de Itaipu Binacional.
O governo Lula acusou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter autorizado o monitoramento. O aumento do escrutínio na atuação do órgão aprofundou a crise entre a Abin e a Polícia Federal, comandada por Andrei Rodrigues.
No início da semana, Corrêa disse estar “à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal, sobre os fatos relatados na imprensa e que remetem a decisões tomadas em gestão anterior da Agência”.
VEJA TAMBÉM:




