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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu no ataque ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao colega de plenário Paulinho da Força (Solidariedade-SP) tanto pelo andamento do seu processo de cassação como pela aprovação do “PL da Dosimetria”, o projeto de lei que revisa as penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Em um vídeo publicado em uma rede social, Eduardo chamou os dois colegas de “bonequinhas” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial a Motta por ter decidido pautar sua cassação.
“Eu só tenho o número de faltas suficientes para a cassação do meu mandato porque o senhor Hugo Motta não reconhece o estado de perseguição que eu sofro. Você prefere cerrar fileiras com Alexandre de Moraes, cedendo às ameaças dele. E, quando você faz isso, ele sempre vai te ameaçar. Eu não sei por que essa sanha das pessoas de serem ‘bonequinhas’ do Alexandre de Moraes”, afirmou na gravação, veja abaixo:
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A crítica a Paulinho foi feita em outro trecho do vídeo, em que afirmou que o deputado “deve ficar trocando Whatsapp” com Moraes, estendendo o ataque de “boneca” do ministro. Em resposta, o parlamentar chamou Eduardo Bolsonaro de “muito ingrato” e disse ter trabalhado muito no “PL da Dosimetria” para ajudar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Primeiro, é uma ingratidão enorme, porque estou ajudando pessoas que se colocaram nessa situação, de estarem presos por causa desse radicalismo deles. Segundo, é duro responder a um idiota. Como é que eu vou responder a um idiota como ele”, questionou em entrevista ao Estadão.
Há dois dias, Motta afirmou que pautaria o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro no plenário da Câmara por ter ultrapassado o limite de faltas permitidas pelo regimento. Há a expectativa de que a votação ocorra na próxima semana.
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Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro articulando com autoridades norte-americanas a defesa do pai. Motta baseou a decisão em um parecer de que a presença física no Congresso é obrigatória, mesmo com os atuais meios eletrônicos. O registro remoto deveria ser apenas uma exceção.
Em meados do mês passado, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro por supostamente coagir a Justiça brasileira no processo contra Bolsonaro na ação que apurava uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a PGR, o material probatório apresentado inclui declarações públicas feitas pelos denunciados em redes sociais, além de informações extraídas de celulares apreendidos em medidas cautelares autorizadas pelo STF.
Eduardo Bolsonaro teria “ameaçado autoridades judiciárias e de outros poderes, sugerindo que poderiam acionar sanções de autoridades norte-americanas para dificultar ou comprometer a vida civil das pessoas envolvidas, caso os processos não fossem concluídos conforme seus interesses, ou caso não fosse aprovada uma anistia que favorecesse Jair Bolsonaro no Congresso Nacional”.








