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Em um forte tom de “pesar”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo lamentaram a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro Alexandre de Moraes e a esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista dos sancionados pela Lei Magnitsky nesta sexta (12). A decisão da gestão de Donald Trump ocorre cinco meses depois de uma articulação da dupla por sanções ao Brasil por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que apurou uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Eduardo e Figueiredo se disseram “gratos” pelo apoio demonstrado por Trump, mas que a decisão dele se tratou de “defender os interesses estratégicos dos americanos, como é seu dever”.
“Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil”, afirmaram em uma rede social.
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A dupla ainda disse lamentar que a sociedade brasileira tenha perdido uma “janela de oportunidade” para “construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais”.
“A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atua”, pontuou.
Eduardo e Figueiredo ainda afirmaram que continuaram trabalhando para “encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país” pelo tempo que for preciso, e “apesar das circunstâncias adversas”. E encerraram desejando que “Deus abençoe a América, e que tenha misericórdia do povo brasileiro”.
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A decisão do governo Trump de retirar Moraes e Viviane da lista foi divulgada no começo da tarde pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Os nomes não constam mais na lista de sancionados no site do Ofac.
Nas conversas que teve com Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia solicitado que autoridades brasileiras sancionadas pelo país tivessem as punições retiradas.
A retirada ocorreu, ainda, apenas dois dias depois do próprio governo Trump ter reafirmado a sanção a Moraes por violar a liberdade de expressão.








