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A chefe da divisão das Nações Unidas no Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Maria Clara Paula de Tusco, durante audiência na Corte de Haia.
A chefe da divisão das Nações Unidas no Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Maria Clara Paula de Tusco, durante audiência na Corte de Haia.| Foto: Web TV/Nações Unidas

Nesta terça-feira (20), ao representar o Brasil em uma audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, a chefe da divisão das Nações Unidas no Ministério das Relações Exteriores, Maria Clara Paula de Tusco, repetiu acusações feitas pelo governo Lula contra Israel e pediu o fim do que classificou como “ocupação ilegal de territórios palestinos" por parte de Israel.

“O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel”, disse a diplomata durante a audiência.

Até 26 de fevereiro, mais de 50 estados e, pelo menos, três organizações internacionais devem se dirigir à Corte Internacional para tratar sobre as consequências da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel.

Após a fala de representantes da África do Sul, Argélia, Arábia Saudita, Bangladesh, Bélgica e Bolívia, a representante brasileira reforçou o discurso adotado pelo governo Lula e pediu a saída de Israel de territórios situados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Em seu discurso, Maria Clara citou a resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que classifica como inadmissível a aquisição de território pela força.

A resolução é de 1967 e, na época, foi usada para pedir a retirada de Israel dos territórios que tomou na Guerra dos Seis Dias em áreas da Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Península do Sinai (Egito) e Colinas de Golã (Síria).

“No entanto, a ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção do muro, pela construção de colonatos ilegais e pela anexação de Jerusalém Oriental”, disse Maria Clara.

A declaração da representante brasileira se dá em meio à crise diplomática deflagrada pelo presidente Lula (PT) ao comparar a reação de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, política de extermínio de judeus implementada pelo ditador alemão Adolf Hitler.  

Em reação à fala do petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler "é ultrapassar uma linha vermelha".  

Até o momento, o entendimento do Planalto é de que Lula não deve se retratar com Israel.

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