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O vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, Sayid Marcos Tenório, que zombou de uma mulher sequestrada pelo Hamas, em Israel
O vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, Sayid Marcos Tenório, que zombou de uma mulher sequestrada pelo Hamas, em Israel| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados.

Demitido por zombar de jovem sequestrada por terroristas do Hamas, o vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, o escritor e palestrante, Sayid Tenório, foi recebido pelo presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, para uma reunião durante uma "visita de cortesia", na semana passada.

Em suas redes sociais, Tenório agradeceu a recepção e relembrou de outra ocasião em que foi recebido na Fundação, em janeiro deste ano, para participar do “Seminário Diálogos Palmarinos”, que debateu sobre liberdade religiosa.

Na visita do dia 21 de fevereiro, Tenório presenteou o presidente da Fundação com um exemplar do Alcorão e um exemplar do seu livro: “Palestina - Do mito da terra prometida à terra de resistência”.

Em um vídeo compartilhado por Tenório, o presidente João Rodrigues diz que o livro será incorporado ao acervo da biblioteca da Fundação.

| Reprodução/Instagram/Sayid Tenório

Além da Fundação Palmares, Tenório tem transitado em outros setores do governo. Em janeiro, ele participou de uma mesa redonda promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) sobre “Liberdade Religiosa e Laicidade do Estado”, em Brasília (DF). 

Considerado um extremista pelas posições pró-terrorismo que defende publicamente, Tenório publicou registros de sua participação no evento em suas redes sociais.

Ataque do Hamas

No dia 7 de outubro de 2023, ao comentar a publicação em que o presidente Lula (PT), sem citar o Hamas, se disse “chocado” com os ataques terroristas a Israel, Tenório classificou a fala do petista com “fajuta” e afirmou que “os palestinos têm o direito de resistir a opressão e o roubo de terras que Israel pratica há mais de 75 anos”.

Em resposta ao comentário do escritor, um perfil da rede social X publicou um vídeo em que uma mulher aparece ensanguentada sendo levada como refém por terroristas do Hamas.

No vídeo, a mulher é retirada do porta-malas de um jipe e conduzida pelos cabelos para o banco de trás. A refém tem as mãos amarradas e apresenta manchas de sangue na altura das nádegas. “Estuprar civil ajuda no que a Palestina?”, perguntou o perfil ao escritor.

Sayid retrucou: “Isso é marca de merda. Se achou nas calças”. O comentário foi apagado tempos depois, mas outro perfil recuperou a publicação salva em um print e questionou o escritor: “Apagou o comentário por quê?”.

Após o episódio, Tenório foi demitido da assessoria do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA). Tenório também ocupava um cargo na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, presidida por Jerry.

Um dia antes de fazer o comentário nas redes sociais, Sayid foi recebido pelo ministro de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, e o presenteou com um exemplar do seu livro.

Vale lembrar que Padilha (PT-SP) está entre os petistas que assinaram uma carta pró-Hamas, em 2021. Questionado sobre o apoio ao grupo terrorista, Padilha disse que o documento foi assinado em um contexto de pandemia e repudiou os ataques a Israel.

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