Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Desde 1999

Queiroz teve inquérito de crime militar arquivado e nunca deliberado por coronel

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Instagram)

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro suspeito de movimentações financeiras atípicas, Fabrício Queiroz também é policial militar da reserva. Segundo informações do portal da Revista Época, ele respondeu a um Inquérito Policial Militar (IPM) em 1999, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, Queiroz e o sargento Fábio Corbiniano de Figueiredo teriam prendido Jorge Marcelo da Paixão, apelidado de Gim Macaco, por um flagrante de porte ilegal de arma e 73 pequenos sacos de cocaína.

O acusado acabou absolvido graças a depoimentos de testemunhas que presenciaram a prisão. Além de negar a versão dos policiais, elas relataram versões que incriminam Queiroz e Figueiredo por suborno.

VEJA TAMBÉM:

À juíza Andrea Fortuna Teixeira, responsável pelo caso, Paixão afirmou que estava trabalhando como mecânico em uma casa quando a “polícia foi ao local e prendeu o depoente com o objetivo de tirar dinheiro, que os policiais disseram que, se o depoente não desse R$ 20 mil, seria embuchado”.

Com base nos depoimentos das testemunhas e da versão do acusado, o promotor Felipe Rafael Ibeas determinou a investigação pela Corregedoria da Polícia e pelo Ministério Público.

Indícios de crime militar

De acordo com a Época, a PM se recusa a informar a decisão sobre o caso. O portal ainda revela que tentou obter as informações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mas que a ficha possui classificação de sigilo por conter dados pessoais, e mesmo após os jornalistas apresentarem recursos não tiveram resposta, sendo que o pedido está “expirado sem justificativa”.

Sabe-se, contudo, que o corregedor-geral da PM no período, Francisco de Paula Araújo,abriu sindicância por indícios de crime militar e que no dia 7 de outubro de 1999 relatou ao MP que os “autos encontram-se nesta corregedoria para relato e solução do Sr. Comandante Geral”.

RELEMBRE: Queiroz diz que recebia salário de outros assessores para ampliar base de Flávio Bolsonaro

Em 2001, o MP decidiu arquivar o caso por aguardar a conclusão do IPM. Não houve deliberação do comandante coronel Wilton Soares Ribeiro, que alegou à reportagem não se recordar do caso. Já o corregedor Araújo é falecido, e a defesa de Fabrício Queiroz infomrou que ele “pautou sua vida profissional pelo mais absoluto respeito às leis e jamais foi denunciado pelo MP”.

Jorge Marcelo da Paixão morreu em 2008 em um tiroteio na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.