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atentados rio grande do norte
Membros da Polícia Militar em operação contra os atentados em Natal.| Foto: EFE

A facção criminosa responsável por uma onda de violência em municípios do Rio Grande do Norte já realizou 259 atentados desde a terça-feira (14), segundo o governo do Estado. Entre a sexta-feira (17) e a manhã do sábado (18), houve 33 novos ataques.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, até a tarde deste sábado, 111 pessoas haviam sido presas pelos atos violentos. No total, foram apreendidas, desde a última terça-feira (14), 34 armas de fogo, 98 artefatos explosivos e 23 galões de gasolina, além de veículos, dinheiro, drogas e munições.

Na noite e madrugada da sexta-feira (17) para o sábado (18), a quinta em sequência da onda de atentados, um policial penal foi morto a tiros em um ataque; em outra ação, criminosos com armas em punho expulsaram moradores e incendiaram três casas em um bairro da cidade. Uma idosa de 77 anos foi tirada da cama com uma arma apontada para a cabeça.

Autoridades estaduais e federais têm usado as redes sociais para divulgar a diminuição dos ataques nos últimos dias. "O reforço de agentes de segurança pública e as ações constantes nas ruas do RN resultam em redução no quantitativo de atos criminosos no Estado. Desde a terça-feira (14), data do registro da primeira ocorrência, a diminuição de ocorrências criminosas chegou a 74,5% ao final desta sexta-feira (17). Nos próximos dias, a expectativa é da chegada de mais reforço para somar ao efetivo das forças estaduais de segurança pública", afirmou o governo potiguar.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou na tarde deste sábado (18) o envio de mais 100 policiais ao Rio Grande do Norte. De acordo com ele, mais de 500 integrantes da Força Nacional e de forças federais já foram enviados no total.

A principal hipótese para a motivação dos atentados é a de protesto contra as más condições dos presídios do Estado. Em resposta aos ataques, custodiados do Rio Grande do Norte estão sendo transferidos para penitenciárias federais. Os custodiados são acusados de comandar crimes como homicídios e tráfico de drogas. Além disso, eles também têm envolvimento em planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados no Rio Grande do Norte.

Os presos transferidos podem ficar em qualquer uma das cinco unidades federais localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande, Mossoró (RN), Porto Velho e Brasília. No Sistema Penitenciário Federal, os presos ficarão isolados em celas individuais, com visitas monitoradas e apenas em parlatório e com rigorosos procedimentos de segurança.

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