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Manifestação pró-Palestina na Times Square, em Nova York, menos de uma semana após os ataques realizados pelo Hamas que mataram mais de 1.200 pessoas no dia 7 de outubro de 2023.
Em publicação no X, Federação Árabe Palestina do Brasil afirmou que talvez seja hora de o país romper laços com Israel| Foto: EFE/ Sarah Yáñez-Richards

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirmou que talvez seja hora de o país romper laços com Israel. A declaração foi feita por meio de uma postagem no X, na qual a Fepal reproduz a reação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as ações de Israel na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas e o Holocausto.

Em sua publicação, Netanyahu afirmou que as falas de Lula são vergonhosas e graves, pois banalizam o holocausto e prejudicam o povo judeu e o direito de defesa de Israel. Ele ainda disse que comparar o Holocausto nazista e Hitler a Israel é “cruzar uma linha vermelha” e que irá convocar o embaixador brasileiro para uma repreensão.

Ao replicar a publicação de Netanyahu, de forma irônica, a Fepal afirma que “sei lá hein... talvez seja uma boa hora para cortar laços diplomáticos com "Israel". Na postagem imediatamente anterior a esta, a Fepal replica o trecho do vídeo em que Lula compara os atos de Israel aos de Hitler durante o Holocausto, e afirma que “o presidente Lula falou com todas letras: o que "Israel" faz na Palestina é um genocídio. E precisa ser parado”.

Além de Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também se manifestou contra as falas de Lula, afirmando que acusar Israel de perpetrar um Holocausto é "ultrajante e repugnante". Ele ainda disse que o Brasil tem sido apoiado por Israel há anos e que, ao apoiar uma "organização terrorista genocida - o Hamas", Lula "traz grande vergonha ao seu povo e viola os valores do mundo livre".

Entidades judaicas brasileiras também se manifestaram contra as declarações de Lula e afirmaram que ele banalizou o Holocausto. Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) pediu “moderação aos dirigentes, para que a trágica violência naquela região não seja importada para o nosso país”.

Já o Instituto Brasil-Israel lembrou que o país assumiu “compromissos internacionais para a preservação da memória do Holocausto e historicamente defendeu a luta contra sua banalização” e que essa deve continuar a ser a posição brasileira.”

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