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R$ 4 milhões

Filipe Barros pede investigação sobre repasses do governo a ONGs ligadas à Mídia Ninja

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) enviou uma série de requerimentos ao Banco Central (BC), à Controladoria-Geral da República (CGU), Procuradoria-Geral da República (PGR), Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e aos ministérios da Cultura, Fazenda e Justiça pedindo a “apuração de possíveis irregularidades nos repasses públicos concedidos a ONGs ligadas à Mídia Ninja”.

“Há várias possíveis irregularidades, uma mais gritante que a outra, desde falta de transparência até uso indevido de incentivos fiscais. Dinheiro público para financiar ativismo político travestido de ação cultural é a cara do desespero de um presidente cada vez mais rejeitado”, disse o deputado.

A iniciativa do parlamentar foi motivada por uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo (Estadão), que revelou que além de integrarem a Mídia Ninja, os diretores de duas ONGs atuam dentro da estrutura do Ministério da Cultura, inclusive em comissões responsáveis pela seleção de projetos que beneficiaram as próprias ONGs.

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De acordo com a reportagem, apesar de afirmar publicamente que não recebe dinheiro público, a organização Mídia Ninja teria criado as ONGs com “base jurídica e institucional” para atuar junto ao governo.

A Mídia Ninja se notabilizou a partir de 2013 ao registrar os protestos de junho daquele ano. O grupo divulga, em suas redes, diversas iniciativas culturais e manifestações ligadas às pautas da esquerda.

Apoiadora do presidente Lula e liderada pelo ativista Pablo Capilé, a Mídia Ninja defende o “jornalismo independente” e critica “veículos de comunicação corporativos que sobrevivem às custas de altos investimentos públicos”.

ONGs foram contempladas com R$ 4 milhões desde 2023

Segundo levantamento do Estadão, as duas ONGs dirigidas por cofundadores da Mídia Ninja já foram contempladas com R$ 4 milhões no atual governo do presidente Lula (PT). A Mídia Ninja, que sobrevive de doações e não tem personalidade jurídica própria, financia seus projetos por meio dessas mesmas duas ONGs.

Os incentivos e convênios alcançados pela ONGs foram assinados ou pré-acordados pelas entidades com o Ministério da Cultura e com o Ministério da Justiça, por meio do Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

Uma das entidades teria sido autorizada a captar quase R$ 1 milhão por meio da Lei Rouanet.  

A Gazeta do Povo entrou em contato com a Mídia Ninja, nesta quarta-feira (5), e aguarda retorno da organização.

O que diz o Ministério da Cultura

A Gazeta do Povo entrou em contato com o Ministério da Cultura (MinC) para comentar sobre a relação das ONGs com a Mídia Ninja, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O jornal permanece aberto para quaisquer manifestações da pasta sobre o assunto.

Ao Estadão, a pasta disse que seguiu critérios estabelecidos em portaria em uma das seleções que contemplou uma das ONGs ligadas à Mídia Ninja, em 2023.

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