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Anunciado por Jair Bolsonaro como pré-candidato à Presidência, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) abandonou a postura conciliadora e agora adota uma linha dura contra o STF. A mudança reflete sua nova estratégia política após a prisão do pai e a frustração com o que considera uma perseguição do Judiciário.
Por que Flávio Bolsonaro mudou sua postura em relação ao STF?
Antes, ele atuava como um bombeiro, buscando apaziguar crises entre o Executivo e o Judiciário. Agora, com o pai preso, ele considera que a conciliação foi um “remédio errado”. O senador passou a tratar a condenação de Jair Bolsonaro como uma farsa e acredita que a única saída para pacificar o país é impor um freio ao que chama de ativismo judicial, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de promover uma “vingança pessoal”.
Como era a relação do senador com o Supremo antes?
Durante o governo Bolsonaro, Flávio era visto como um articulador e chegou a atuar nos bastidores para barrar a instalação de uma CPI que investigaria ministros de cortes superiores, a chamada "CPI da Lava Toga". Ele se aproximou de magistrados e apostava na autocontenção da Corte para resolver as tensões institucionais, mas hoje avalia que essa estratégia falhou.
O que é o caso da "rachadinha" e como ele afeta o senador?
"Rachadinha" é o nome popular para o desvio de parte dos salários de assessores de gabinete. Flávio foi investigado por essa prática quando era deputado no Rio de Janeiro. Embora o caso tenha sido arquivado no STF por questões processuais, como o foro privilegiado (o direito de ser julgado por tribunais superiores), ele se tornou a principal vulnerabilidade política do senador, que tem na pauta de combate ao crime uma de suas principais bandeiras.
Por que Jair Bolsonaro o escolheu como sucessor político?
A decisão é vista como estratégica. Dos filhos do ex-presidente, Flávio é o que possui mandato, estrutura partidária e um estilo considerado menos explosivo. Isso o torna capaz de dialogar com setores do centro político e do empresariado, ativos importantes para uma disputa presidencial. A indicação busca, ainda, manter o capital político e a liderança do conservadorismo sob o controle direto da família Bolsonaro.
Quais são os principais desafios de sua pré-candidatura?
Seu primeiro desafio é ganhar musculatura eleitoral, já que pesquisas iniciais o apontam como um candidato mais fraco em um confronto direto com Lula. Além disso, a sua indicação pode dividir a direita entre os “bolsonaristas raiz”, fiéis ao sobrenome, e aqueles que buscam um projeto conservador independente da família. Para ter sucesso, ele precisará unificar o campo conservador e provar que é a melhor alternativa.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.





