A aprovação do projeto da dosimetria, que pode reduzir penas do 8/1, manteve o apoio da direita à candidatura de Flávio Bolsonaro para 2026. No entanto, o Centrão se afastou, expressando preferência pelo governador Tarcísio de Freitas por considerá-lo mais viável eleitoralmente contra Lula.
O que é o projeto da dosimetria e qual sua relação com a candidatura?
É um projeto de lei que cria uma nova forma de calcular as sentenças, podendo reduzir o tempo de prisão dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Parte da direita esperava que Flávio desistisse da candidatura em troca da aprovação, mas o acordo não se concretizou, pois a exigência era de anistia (perdão total), e não apenas a redução de pena.
Então a candidatura de Flávio Bolsonaro está confirmada?
Segundo parlamentares do PL, partido de Flávio, a candidatura à Presidência em 2026 está mantida. O próprio senador havia sugerido que o "preço" para sua desistência seria a anistia e a liberdade de seu pai, Jair Bolsonaro, o que não foi alcançado com o projeto aprovado. Por isso, a pré-candidatura segue de pé.
Por que o Centrão não apoia Flávio Bolsonaro neste momento?
Líderes de partidos como PSD, PP e União Brasil veem a candidatura com cautela. O principal motivo é a alta taxa de rejeição de Flávio (35%, segundo o Ipec), que poderia dificultar uma vitória contra Lula. Eles consideram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem mais chances de vencer e unificar o campo da centro-direita.
Quem são as alternativas do Centrão para a eleição de 2026?
O nome mais forte é o de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já recebeu declaração de apoio de Gilberto Kassab, presidente do PSD. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também é apontado como pré-candidato pelo seu partido. Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, corre por fora como um "plano B".
Quais são os próximos passos dessa articulação política?
O Centrão adotou uma postura de espera e vai monitorar o cenário político e as pesquisas de intenção de voto até o início de 2026. A viabilidade da candidatura de Flávio será reavaliada, com foco especial em sua taxa de rejeição. A decisão final também dependerá das alianças políticas formadas nos estados para as eleições.
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