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Caso das Rachadinhas

Gilmar Mendes nega reabertura do caso das “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro
Mendes manteve entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou decisões proferidas na investigação e nas supostas provas obtidas. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta (26) os recursos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que tentavam reabrir o caso das “rachadinhas” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O processo segue sob segredo de justiça, e o STF não comenta casos dessa natureza.

Segundo as apurações dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, a decisão mantém o arquivamento determinado em maio de 2022 pela Corte Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que anulou provas da investigação com base em entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou decisões proferidas na investigação e nas supostas provas obtidas.

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Em um dos recursos rejeitados, Gilmar Mendes afirmou que não havia norma constitucional envolvida no caso, o que impede a análise pelo STF. No outro, destacou que a questão do foro por prerrogativa de função já estava pacificada, confirmando que Flávio Bolsonaro tinha direito ao foro especial no TJ-RJ – o entendimento é de que o foro se mantém mesmo com o fim do mandato.

O caso das “rachadinhas” envolve a suspeita de desvio de salários de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando ele era deputado estadual. O senador foi denunciado em novembro de 2020 pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

Mendes ainda destacou que o MPRJ não demonstrou “interesse processual” no recurso, já que as anulações não impedem o oferecimento de uma nova denúncia caso o Ministério Público reúna novas provas.

Segundo o MPRJ, cerca de R$ 6 milhões teriam sido desviados por meio da contratação de servidores que repassavam parte ou a totalidade de seus salários ao ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema.

A investigação teve início em 2018, após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz.

A defesa de Flávio Bolsonaro alegou que a investigação deveria ter sido conduzida pelo Órgão Especial do TJ-RJ, e não pela 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, devido ao foro privilegiado. A tese foi aceita pelo STJ e pelo STF, resultando na anulação de provas e no arquivamento da denúncia.

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