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Gleisi Hoffmann
Manifestação convocada por Bolsonaro será no dia 25 para defender o Estado democrático de direito.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o final deste mês como “estarrecedor”. A manifestação será realizada no dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo, em favor do “Estado democrático de direito” e para que ele rebata as suspeitas que vem sendo alvo de investigações, como a suposta tentativa de golpe de Estado – ele e aliados foram alvos de uma operação da Polícia Federal na semana passada.

Gleisi afirmou que “ele nunca respeitou” o Estado democrático de direito, e que “tentou abolir em sua fracassada tentativa de golpe”. Para a petista, a manifestação na Paulista não será para Bolsonaro se defender, e sim para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”.

“É esse chefe terrorista que agora invoca, em seu exclusivo benefício, o estado de direito e a liberdade de expressão e manifestação que tentou, reiteradas vezes, destruir. É esse fascista que agora quer vestir o manto da democracia para mais uma vez atacá-la”, atacou Gleisi em uma longa postagem na rede social X, com uma lista de supostas ações atribuídas a ele, como manifestações em rodovias, decreto de estado de sítio, etc.

A presidente do PT afirmou, ainda, que o ex-presidente terá o direito de se defender “em condições que foram negadas a outros na história recente”, sem citar especificamente quem, visto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se defendeu das acusações que o levaram à prisão em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

Gleisi vai além e afirma que a manifestação na Avenida Paulista será para “seguir ameaçando as instituições e os adversários, que ele trata de inimigos. Será para mentir ainda mais sobre suas próprias mentiras”, e que “não há legitimidade nesse ato”.

“Ele é contra a Constituição. O Brasil superou recentemente uma tentativa de golpe e sabemos bem o risco que corremos. Não podemos flertar com o perigo”, completou a presidente do PT na postagem.

No vídeo em que convocou a manifestação, Bolsonaro fez um apelo aos seus seguidores solicitando que não levem cartazes ou faixas "contra quem quer que seja" à manifestação da Avenida Paulista, em receio por retaliações adicionais do STF. Além disso, ele incentivou as pessoas que comparecerem usando as cores da bandeira do Brasil.

O ex-presidente expressou o desejo de capturar uma "fotografia" durante o evento para "mostrar ao Brasil e ao mundo" a união do povo brasileiro, as suas preocupações e o compromisso com os valores de "Deus, pátria, família e liberdade". O vídeo foi compartilhado por congressistas que apoiam Bolsonaro, amplificando a convocação para o ato.

Entre os participantes, governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo, confirmou presença e disse que a manifestação será “pacífica a favor do [ex-] presidente, e estarei ao lado dele, como sempre estive”. Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) ainda não confirmou publicamente, mas a expectativa é de que também participe, já que está negociando com o PL o apoio para a reeleição à capital paulista.

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