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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu neste fim de semana as críticas feitas por representantes do agronegócio à proposta de redução de impostos sobre alimentos importados, classificando-as como uma "gritaria" da oposição. Em uma publicação no X ainda no sábado, Gleisi acusou a bancada do agro, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso, de disseminar "mentiras" sobre os esforços do governo federal para conter a alta dos preços dos alimentos e garantiu que a medida ainda está em análise.
"A bancada agropecuarista já começou a espalhar mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos. Ao contrário do que afirmam, Lula não está atacando o agronegócio. Ele está avaliando formas de garantir comida na mesa do povo", escreveu.
Gleisi destacou que o governo já demonstrou compromisso com o setor agropecuário ao lançar o maior Plano Safra da história, em 2024, e afirmou que as críticas são motivadas por interesses políticos visando as eleições de 2026.
"Por que uma medida voltada para o bem da população está sendo atacada? Só mesmo a motivação política e eleitoreira explica essa gritaria contra um governo que já financiou o setor como nunca antes", completou.
As reações do agronegócio vieram após declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a possibilidade de reduzir impostos de importação de alimentos. A ideia surgiu após o presidente Lula cobrar medidas rápidas para controlar a inflação de produtos básicos.
Rui Costa afirmou que, caso os preços internacionais de determinados alimentos sejam inferiores aos valores praticados no mercado interno, o governo poderá ajustar as alíquotas para tornar os produtos mais acessíveis.
"Se o preço externo for mais baixo do que o praticado aqui, analisaremos rapidamente e reduziremos a alíquota de importação para alinhar os valores ao patamar internacional", disse o ministro.
No sábadoodeputado Pedro Lupion (PP-PR), líder da bancada ruralista no Congresso, classificou a proposta como uma "medida desesperada e mal planejada" e apontou falta de confiança nas ações do governo. "São várias trapalhadas, e isso gera uma frustração enorme no setor, que precisa de estabilidade econômica para investir na produção", disse Lupion.
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