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Na defensiva

Governo brasileiro terá plano emergencial para setores afetados pelas tarifas dos EUA 

Ministro Fernando Haddad diz que governo procura saídas para socorrer setores mais afetados pelo tarifaço de Donald Trump (Foto: Andre Borges/EFE)

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O governo brasileiro desenhou um plano emergencial para apoiar setores da economia impactados pelas tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump, que começam a valer em 1º de agosto. A medida será formalmente apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda nesta semana, segundo informações divulgadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP).

“A ordem do presidente Lula é negociar até o último momento em busca de um acordo comercial com os Estados Unidos. O Brasil não vai sair da mesa de negociação”, comentou durante entrevista à rádio CBN.

Medidas e estratégias

O plano de contingência às tarifas prevê o uso de diversos instrumentos de políticas econômicas, com o objetivo de minimizar os efeitos da tarifa norte-americana sem necessariamente gerar aumento nos gastos primários do governo. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, confirmou que a proposta está pronta, mas aguarda validação final do presidente Lula.

Além da iniciativa interna, o governo tenta manter o diálogo como principal estratégia para resolver o conflito, buscando negociação diplomática e evitando retaliações diretas a empresas e cidadãos americanos. As comunicações oficiais são realizadas por canais institucionais, afastando a divulgação por meio de redes sociais.

Setores afetados e respostas

Haddad assegurou que o governo tem "completa consciência das dificuldades, setor a setor", e que já estão "trabalhando a nível de empresa, para ter a radiografia completa dos efeitos".

O plano contempla a proteção especial de setores que sofrerão impactos pesados, como o de pescados. A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), solicitou crédito emergencial de R$ 900 milhões para enfrentar as dificuldades.

O mercado representa cerca de 70% do destino do pescado exportado pelo Brasil. Com a nova taxação, a entidade estima que cerca de R$ 300 milhões em produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais.

Impactos das tarifas e prioridades

Além disso, o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, trabalha tentar negociar com os americanos antes da implementação da tarifa de 50%.

Porém, com a possível tarifação cada vez mais real, o governo brasileiro se prepara para um cenário de continuidade das medidas anunciadas por Donald Trump e deve tentar ampliar o esforço para minimizar danos econômicos e sociais.

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