• Carregando...
Cerimônia de chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao presidente Lula (PT), em maio de 2023
Cerimônia de chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao presidente Lula (PT), em maio de 2023| Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em conversa telefônica com o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodriguez, e o representante da Plataforma Unitária (PUD), Gerardo Blyde, o assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, reforçou o apoio do Brasil ao acordo de Barbados, assinado pelo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, para eleições livres mediante o fim dos embargos dos Estados Unidos.

Na conversa, apesar do apoio ao acordo, Amorim não condenou a perseguição do regime venezuelano a opositores.

“O Brasil continua apoiando a implementação dos acordos de Barbados, firmados, em 17 de outubro de 2023, entre o governo venezuelano e forças de oposição reunidas na Plataforma Unitária. Os acordos, que estabeleceram parâmetros para a realização das eleições presidenciais este ano, resultaram da mesa de diálogo entre governo e oposição mediada pela Noruega e receberam apoio, entre outros, do Brasil e dos EUA”, diz um trecho do comunicado do Planalto divulgado nesta sexta-feira (5).

A ligação entre Celso Amorim e os representantes venezuelanos aconteceu na sexta-feira (2).

No comunicado, o governo também criticou as sanções restabelecidas pelos Estados Unidos contra a ditadura venezuelana após o Supremo Tribunal da Venezuela confirmar a inabilitação por 15 anos de María Corina Machado, principal concorrente de Maduro nas eleições presidenciais que estão marcadas para ocorrer neste ano.

A inabilitação política foi considerada pela oposição venezuelana como “medida arbitrária e ilegal para impedir a participação nas eleições”.

Acordo de Barbados

Em 2023, Lula e Celso Amorim estiveram em contato com o governo venezuelano para fazer o acordo acontecer. Negociado pela Noruega, os dois países, junto a representantes de outras nações, se reuniram em Barbados para fechar o acordo que permitiria uma espécie de trégua entre Joe Biden e Maduro.

No chamado Acordo de Barbados, assinado em outubro do ano passado, a Venezuela concordou em libertar presos políticos e em organizar eleições democráticas em segurança.

Já os Estados Unidos se comprometeram a aliviar uma parte das sanções impostas ao país. Na esteira dessas negociações, os EUA libertaram o empresário colombiano Alex Saab, importante aliado de Maduro, em troca de venezuelanos e americanos detidos em Caracas.

Com a retirada das sanções, os Estados Unidos passaram a negociar petróleo, gás e ouro comprados da Venezuela, além de eliminar a proibição do comércio secundário provenientes destes recursos. O acordo foi celebrado pelos dois países e também pelo Brasil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]