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Resgate de brasileiros
Lista de 2.723 nomes tem registros em duplicidade e outros brasileiros que apenas se cadastraram, mas não querer ser repatriados.| Foto: divulgação/Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores informou, na manhã desta quarta (11), que a lista de brasileiros que entraram em contato para serem resgatados de Israel e de Gaza pode ser menor do que a quantidade cadastrada até agora.

Segundo os integrantes do Itamaraty, são 2.723 nomes cadastrados desde o início do conflito no fim de semana, sendo que 211 foram repatriados na última madrugada. No entanto, entre os outros 2.512, há alguns em duplicidade que vão passar por um pente-fino das autoridades, e outros que apenas registraram os nomes para receberem orientações, mas que não pretendem ser repatriados.

A quantidade de brasileiros em Gaza que também pediu ajuda foi reduzida de 50 para 30 pessoas, diferente do que foi informado durante a madrugada. Entre eles, há pessoas de nacionalidade palestina que são parentes próximos de cidadãos brasileiros, como cônjuges, filhos ou avós.

De acordo com o ministério, o resgate de brasileiros nos seis voos programados pela operação "Voltando em Paz" está priorizando os brasileiros que não residem em Israel, com menos condições de adquirir uma passagem aérea na aviação comercial, e grupos vulneráveis, como idosos e menores de idade.

Por outro lado, o Itamaraty informou que a maior preocupação neste momento é resgatar os brasileiros que estão em Gaza, e que já há um acordo firmado com o Egito para que saiam pela fronteira Sul do território palestino através do posto de controle de Rafah, que está com operação intermitente por conta dos bombardeios.

A cidade foi bombardeada na última madrugada. O governo estuda utilizar outras cidades egípcias para o resgate, mas ainda em avaliação pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Carlos Sergio Duarte, secretário de África e Oriente Médio, explicou que, neste momento, não há um plano B para o resgate dos brasileiros se a retirada por Rafah não for possível.

“A situação dessas pessoas é muito particular, existem duas questões: uma é o fato da passagem de Rafah ter uma abertura intermitente em função da segurança da zona, e a outra é a autorização para ingresso no território egípcio, e isso o ministro Mauro Vieira esteve em contato com o chanceler egípcio. Claro que é preciso respeitar as autoridades egípcias e seus trâmites”, disse durante uma entrevista coletiva pela manhã.

Durante a madrugada, após o bombardeio a Rafah, o embaixador Alessandro Candeas, que atua no Escritório de Representação em Ramala, na Cisjordânia, disse que a passagem está fechada, e que depende da reabertura e de autorização do Egito para poder transportar os brasileiros.

“Estamos esperando as duas. Espero que venha logo, porque realmente o tempo está se encurtando”, disse em uma mensagem de áudio à TV Globo.

Já Aloysio Gomide Filho, diretor do Departamento Consular do Itamaraty, informou que o escritório em Ramala está em contato com os 30 brasileiros que estão em Gaza. Ele explicou, ainda, que já há um serviço de transporte interno no território contratado para levar os brasileiros até Rafah, mas ainda sem uma previsão concreta.

“Diante do cenário do momento, dos riscos, este é o plano principal, e claro que qualquer outra possibilidade que surgir mais segura será considerada”, completou.

Desde o início dos conflitos, no sábado (7), mais de 2,2 mil pessoas morreram, sendo 1,2 mil em Israel e pouco mais de 1 mil em Gaza. Entre elas dois brasileiros, os jovens Ranani Glazer, de 23 anos, e Bruna Valeanu, de 24, que estavam em um festival de música eletrônica que foi um dos primeiros locais atacados pelo Hamas durante a ofensiva contra o território israelense.

Ainda há uma brasileira desaparecida, e sem pistas de onde poderia estar. Também na mesma coletiva, o Itamaraty confirmou que recebeu a informação do exército israelense de que há brasileiros entre os reféns do Hamas, mas que ainda busca informações e mais detalhes.

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