O Ministério das Relações Exteriores confirmou na manhã desta terça (10) a morte de Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, que estava no festival de música eletrônica que foi atacado por terroristas do Hamas no último final de semana em Israel. O evento ocorria no deserto de Negev, próximo do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza.
Ele foi um dos 260 mortos no ataque terrorista, um dos primeiros na guerra deflagrada pelo grupo contra o governo israelense.
“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, disse o governo brasileiro. Ranani era natural do Rio Grande do Sul.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com a morte de Ranani. Em uma rede social, ele disse que “o Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer”.
“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, completou.
Glazer estava com outros dois brasileiros no festival, sendo a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman. Homens do Hamas invadiram o local, renderam policiais que faziam a segurança e lançaram granadas contra os jovens que tentavam se esconder no abrigo.
"Sei que você ainda tinha muitos sonhos que queria realizar, e eu te juro que estaria com você em cada um deles. [...] Sinto a sua falta a cada momento do meu dia, eu de verdade não sei como seguir agora sem você. Penso nos nossos planos pro futuro, penso nos nossos sonhos, nos nossos objetivos. [...] Descansa em paz, lindo", disse Rafaela nas redes sociais em homenagem ao namorado.
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB-RS), disse que recebeu "com tristeza" a morte de Glazer "durante um ataque criminoso". "Condeno todos os atos de terrorismo, as vidas que se perdem neste conflito representam um retrocesso civilizatório", completou.
Rafael Zimerman disse que os três se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos, mas se perderam de Glazer ao deixarem o local. “Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia. Estava com a Rafaela, mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente”, disse à Folha de São Paulo.
O jovem disse, ainda, que Ranani tentava jogar as granadas que os terroristas atiravam dentro do abrigo para fora, mas que “era inútil, porque eles dominaram”, segundo registro da TV Globo.
“Eu lembro do Ranani me falando para eu não olhar, porque tinham pessoas mortas em cima da gente e que estávamos usando o corpo delas para não tomarmos tiros”, afirmou a namorada de Ranani.
Participantes da festa disseram à mídia israelense que o festival teve a música e as luzes desligadas quando os primeiros mísseis começaram a cruzar o céu, e, “de repente, eles [terroristas] entraram atirando e disparando em todas as direções. Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares”, relataram as testemunhas.
Além de Ranani, ainda há mais dois brasileiros desaparecidos, segundo o Itamaraty. Cerca de 2,2 mil já pediram ao governo para serem repatriados, em uma operação que começa nesta terça (10) com o pouso do primeiro voo em Tel Aviv ainda durante a manhã.
São, pelo menos, cinco voos programados até sábado (14), mas o governo estima que serão necessários 15 para resgatar a todos os brasileiros.
O confronto entre o Hamas e Israel já vitimou 1,6 mil pessoas, segundo o exército israelense, sendo 900 pessoas do país e 770 palestinos.
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