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Grupo brasileiros
Pastor que lidera caravana de evangélicos diz que abriu mão de vagas em voos oficiais de repatriação após companhia confirmar passagens.| Foto: reprodução/Instagram Felippe Valadão

Uma caravana de evangélicos liderada pelo pastor Felippe Valadão disse, nesta terça (10), que a embaixada brasileira em Israel está prestando poucas informações sobre o resgate de cidadãos que aguardam a repatriação. Ele e um grupo de 103 pessoas estão em Jerusalém, e conseguiram confirmar a volta ao Brasil em um voo comercial à noite.

O conflito entre o Hamas e Israel já vitimou cerca de 1,6 mil pessoas desde sábado (7), sendo 900 israelenses e 770 palestinos.

De acordo com ele, o grupo entrou em contato com a embaixada em Tel Aviv, mas teve pouco retorno. Segundo o pastor, a diplomacia brasileira está priorizando os brasileiros que já estão no aeroporto Ben-Gurion, da capital israelense.

“O povo brasileiro está aqui angustiado, nós não temos nenhum tipo de auxílio da embaixada, ninguém liga, ninguém procura, a única coisa que eles pediram foi o nosso nome pra poder ver como faz pra colocar nos aviões. Mas, assim, quem está segurando a ponta com as pessoas são os pastores que vieram com as caravanas”, disse em entrevista à GloboNews.

Valadão diz que, por causa da grande quantidade de brasileiros passando necessidades que está abrigada no aeroporto israelense, abriu mão de voltar ao Brasil nos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) após uma companhia comercial confirmar uma rota entre Tel Aviv e Dubai para retornar ao Brasil.

Ele afirmou, ainda, que já tentou outras vezes retornar ao Brasil desde sábado (7), e que apenas nesta terça (10) é que a companhia confirmou o voo. O grupo liderado por ele tem, entre os participantes, cerca de 20 pessoas de idade avançada, duas mães com crianças pequenas, uma grávida e adultos.

Segundo o pastor, há brasileiros no aeroporto sem dinheiro para comprar passagem de retorno e sem conseguir se alimentar – e, por isso, o grupo abriu mão de ocupar um lugar nos voos da FAB.

Felippe Valadão disse, ainda, que ficou quatro dias trancado com o grupo no hotel em Jerusalém, e que, nos momentos em que as sirenes eram ativadas, precisavam se esconder em um pequeno abrigo no edifício. Uma bomba chegou a explodir em um prédio próximo.

O Ministério das Relações Exteriores informou que já recebeu 2,2 mil pedidos de repatriação de brasileiros, principalmente de turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém. “Os candidatos à repatriação serão acomodados em listas de prioridade. Em um primeiro momento, deverão ser priorizados os residentes no Brasil, sem passagem aérea”, disse em nota.

“Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, completou o Itamaraty.

O primeiro voo de repatriação de brasileiros chega ao aeroporto da capital israelense ainda nesta terça (10), e outros quatro estão previstos até o final de semana. O governo, no entanto, diz esperar que 15 voos sejam necessários para retirar todos os brasileiros que solicitaram assistência.

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