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Gustavo Gayer quer convocar ministro para explicar “pedalada na Telebras” 

Gustavo Gayer quer convocar ministro para falar sobre "pedalada da Telebras"
Gustavo Gayer quer convocar ministro para falar sobre "pedalada da Telebras" (Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou requerimentos para que os ministros da Comunicação e do Tribunal de Contas da União (TCU) e o presidente da Telebras expliquem o caso da “pedalada na Telebras”. Os requerimentos ainda terão que ser aprovados pela Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados. A intenção é que sejam incluídos na pauta de votações da próxima reunião, que ainda não tem data marcada.

 Gayer pretende convocar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a Telebras, estatal vinculada à sua pasta, admitir ao TCU que fez pedalada fiscal. “A admissão de práticas de “pedalada fiscal” em valores significativos, associada ao rombo estimado em R$ 184 milhões para o ano de 2025, levanta questões cruciais sobre a gestão financeira e a responsabilidade fiscal da instituição”, apontou Gayer no requerimento. 

O ministro do TCU, Bruno Dantas e o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, devem ser convidados a prestar esclarecimento sobre o assunto. Dentre os questionamentos que devem ser feitos ao presidente da Telebras, Gayer aponta que buscará entender qual é a visão da Telebrás sobre o impacto dessa situação na percepção pública das empresas estatais e na confiança dos cidadãos.

Entenda o caso da “pedalada da Telebras” 

Em setembro, o subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu que a Corte apurasse uma suposta manobra contábil realizada pela Telebras entre 2023 e 2024, primeiro ano de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A chamada “pedalada fiscal” teria postergado o pagamento de R$ 77 milhões em dívidas a fornecedores, transferindo a responsabilidade para o orçamento deste ano. 

Nesta segunda (4), em um desdobramento da apuração, a Telebras confirmou a “pedalada” e apontou que o rombo pode ser ainda maior, alcançando R$ 184 milhões no ano que vem. 

Os indícios de irregularidades foram confirmados em um relatório interno da Telebras obtido pelo UOL através da Lei de Acesso à Informação (LAI). Segundo o documento, a estatal havia solicitado recursos extras aos Ministério da Comunicação e do Planejamento em 2023, mas diante da negativa, optou por utilizar a manobra contábil, comprometendo parte do orçamento de 2024. 

Na época da revelação das pedaladas, Furtado escreveu na representação que a prática “já resultou no impeachment de uma presidente”, em referência a Dilma Rousseff (PT) em 2016. 

“A dependência financeira dessas empresas impacta diretamente o orçamento público, uma vez que os recursos destinados a cobrir suas despesas reduzem a capacidade de investimento do governo em outras áreas essenciais, como já comentado”, observou. 

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