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A Câmara dos Deputados e o Senado Federal sinalizaram prioridade na tramitação do plano de contingência do governo brasileiro contra o tarifaço de 50% imposta pelos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump. Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, afirmou, para a CNN, que o Legislativo dará urgência à proposta assim que ela for encaminhada.
Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, também garantiu apoio para a tramitação rápida do projeto. A expectativa é que as medidas sejam aprovadas ainda em agosto e comecem a vigorar em setembro.
O pacote governamental tem o objetivo de compensar um impacto econômico estimado em cerca de R$ 22 bilhões. As medidas visam proteger 146 mil empregos nas indústrias e no agronegócio brasileiros.
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Entre as ações previstas estão a proibição de demissões, o adiamento do pagamento de impostos federais e o aumento das compras públicas de alimentos como carne e café. Ainda não há um projeto formal entregue, mas o governo tem debatido as ações que serão consolidadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) devem finalizar o pacote em breve, com anúncio planejado para a segunda-feira (12) ou terça-feira (13).
Além das medidas internas, o governo brasileiro busca ampliar a diversificação de parceiros comerciais para reduzir o efeito das tarifas. México, Índia, China, Rússia, Vietnã, Japão e Indonésia são apontados como mercados potenciais.
A China já manifestou interesse em elevar a importação de carne e café do Brasil. O vice-presidente Alckmin deve viajar ao México ainda em agosto buscando reuniões nos Estados Unidos para negociar exceções para produtos brasileiros.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) tem encontro agendado com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na quarta-feira (13), para tratar do impacto do tarifaço.
