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O governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), do Distrito Federal, não participou de um evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta segunda (17), em Brasília, por conta da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem está rompido após ter sido acusado de ser cúmplice dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Lula esteve presente na cerimônia solene de posse dos eleitos para o Conselho Federal da OAB. Ibaneis, que é advogado e já presidiu a entidade distrital, faltou ao evento.
“Fiz um compromisso comigo que não piso em território que o presidente Lula esteja presente, pelo menos até que ele se retrate por ter me acusado, de forma leviana, de ter sido cúmplice do Bolsonaro no 8/1”, afirmou o governador em nota obtida pelo site Metrópoles.
À Folha de S. Paulo, ele confirmou a falta e emendou: “não piso na terra arrasada do Lula”.
A mensagem de Ibaneis foi endereçada ao presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, ao desejar “toda felicidade nesse seu segundo mandato à frente do CFOAB”. “desde já sabendo que será um grande sucesso para advocacia brasileira. Infelizmente, não poderei participar do evento”, completou.
A críticas de Ibaneis se refere a uma declaração de Lula exibida em um documentário da GloboNews sobre os atos de vandalismo às sedes dos Três Poderes. Na ocasião, o presidente afirmou que o governador “é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente” e que “ele era conivente com o caso”.
Em março, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o inquérito que investigava Ibaneis por omissão nos ataques, atendendo ao pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O governador era investigado por supostas falhas na segurança que teriam facilitado a invasão da Praça dos Três Poderes.
A relação entre Lula e Ibaneis já vinha desgastada desde dezembro, quando o pacote de ajuste fiscal pretendia impor medidas restritivas ao Fundo Constitucional do Distrito Federal, financiado pela União para custeio da segurança, saúde e educação do DF.
Na ocasião, Lula afirmou que “não era possível ele [Ibaneis] receber mais que os outros estados” e ressaltou que o DF já é a unidade da federação que mais recebe recursos federais.
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