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Jair Renan Bolsonaro
Cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva de grupo que teria ligação com Jair Renan Bolsonaro.| Foto: Alan Santos/Secom

Seis mandados contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e pessoas supostamente ligadas a ele foram cumpridos na manhã desta quinta (24) pela Polícia Civil do Distrito Federal no DF e em Santa Catarina.

Dos cinco mandados de busca e apreensão cumpridos pela polícia, dois foram contra Jair Renan em endereços dele na capital federal e em Balneário Camboriú (SC), onde reside atualmente. O filho do ex-presidente mora na cidade catarinense desde que foi contratado para ser assessor do senador Jorge Seif (PL-SC), em março.

O advogado que defende Jair Renan, Admar Gonzaga, disse ao G1 que o filho do ex-presidente foi surpreendido pela operação, e que teve um HD e um aparelho de telefone celular levados pela polícia. A Gazeta do Povo tenta contato com o jurista.

"O objetivo [da operação] é reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal", disse a Polícia Civil à reportagem.

Já os outros três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos contra o empresário Maciel Alves Carvalho, que era instrutor de tiro de Jair Renan e havia sido preso em janeiro deste ano durante a operação "Falso Coach", que investigava o comércio ilegal de armas e falsificação de documentos para a venda de armamentos.

Um segundo alvo de prisão preventiva está pendente contra um homem já considerado foragido por ter cometido um homicídio no passado em Planaltina (DF). O homem seria o articulador do esquema.

De acordo com a Polícia Civil, Carvalho acumula uma extensa lista de crimes, incluindo falsificação de documentos, estelionato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e posse irregular de arma de fogo.

A investigação surgiu a partir de operações anteriores que ele foi alvo, "Succedere" e "Falso Coach", que revelaram um esquema que utilizava "laranjas" para ocultar a verdadeira propriedade de empresas de fachada e "fantasmas". A estratégia envolveu a criação de uma identidade falsa de Antonio Amancio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e figurar como proprietário das empresas envolvidas.

"A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, 'testa de ferro' ou 'laranja', para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas 'fantasmas', utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas", diz a corporação.

Os investigados também manipulavam registros contábeis e documentos financeiros, muitas vezes sem o consentimento dos contadores, com o objetivo de alterar os registros das atividades econômicas. Houve ainda indícios de movimentações financeiras suspeitas, inclusive transferências internacionais.

Os mandados de busca e apreensão foram executados no Distrito Federal e em Santa Catarina. As ações visam apreender bens e documentos relacionados às atividades criminosas.

A operação contou com a participação de 35 policiais da Divisão de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECOR), da Divisão de Inteligência Policial da PCDF e da Polícia Civil de Santa Catarina.

Entre os crimes investigados estão de associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e contra a ordem tributária.

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