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A jornalista, Patrícia Lélis, diz ter sido “vítima” de perseguição, supostamente, por parte do governo americano
A jornalista, Patrícia Lélis, diz ter sido “vítima” de perseguição, supostamente, por parte do governo americano| Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

A jornalista brasileira e ex-militante do PT, Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, de 29, anos, está sendo procurada pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) por suposto golpe milionário ao se passar por advogada nos Estados Unidos.

Segundo um comunicado da Justiça americana, do dia 12 de janeiro de 2024, Patrícia Lélis “se passou por uma advogada de imigração capaz de ajudar clientes estrangeiros".

“De acordo com a acusação, em 22 de setembro de 2021, Lélis Bolin enviou um contrato de honorários advocatícios a uma vítima para ajudar na obtenção de vistos EB-5 para os pais da vítima. A vítima fez dois pagamentos iniciais no valor total de mais de 135 mil dólares com base na afirmação de Lélis Bolin de que o dinheiro estaria sendo destinado a um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas, que se qualificava para o programa EB-5. Em vez disso, alega-se que o dinheiro da vítima foi para a conta bancária pessoal de Lélis Bolin. Em vez de investir o dinheiro como prometido, Lélis Bolin teria usado o dinheiro para um pagamento inicial em sua casa geminada em Arlington (Texas), reformas de banheiros e pagamento de outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito”, diz um trecho do comunicado.

Segundo a denúncia, Patrícia Lélis teria forjado o número de um processo fictício para enganar a vítima. A jornalista é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Respectivamente, as penas máximas para esses delitos são de 20 anos, 10 anos e 2 anos.

Ao todo, Patrícia Lélis teria fraudado suas vítimas em 700 mil dólares.

Ao comentar sobre a repercussão do mandado de prisão expedido pela Justiça americana, Patrícia Lélis disse ter sido “vítima” de perseguição, supostamente, por parte do governo americano.

“Olá, Twitter e várias pessoas que não conheço mas acreditam que eu devo explicações de algo. Sim, o FBI no USA está me ‘procurando’. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada política. Foram meses de perseguições e falsas acusações. Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode expiatório contra aqueles que considero como meus irmãos por cultura e principalmente por lado político e sim, ‘roubei’ todas as provas que pude para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança. E, esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo político. E, agora publicamente e de forma segura, posso dizer: f* USA. E até que fim estou fora desse país de m*. Se quiser, podem me matar, mas eu jamais iria contra o meu próprio povo, ainda mais para dar informações ao USA. Agora, vou ali curtir uma praia bem tranquila. Beijos e mais beijos”, escreveu a jornalista na rede social X, nesta segunda-feira (15).

Patrícia Lélis estampou as manchetes dos jornais do Brasil pela primeira vez em 2016 ao acusar, sem provas, o pastor e deputado Marcos Feliciano (PL-SP) de estupro e outros crimes. Um ano depois, em 2017, Lélis acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de ameaça e injúria. Nenhuma das acusações prosperou por falta de provas.

Em 2018, o inquérito policial que investigava o deputado Marco Feliciano por “crimes de estupro, lesões corporais, sequestro, cárcere privado, ameaça e corrupção de testemunha” foi arquivado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Brasília, Aimar Neres de Matos. No mesmo caso, Lélis foi indiciada por extorsão.

Em 2021, a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Patrícia Lélis pelo crime de denunciação caluniosa contra o deputado Eduardo Bolsonaro.

Em 2019, Patrícia Lélis foi detida nos EUA por falsa acusação no estado da Virgínia.

Em 2021, a jornalista passou a ser alvo de uma investigação do PT, partido ao qual era filiada, por postagens consideradas “transfóbicas” pela sigla. Lélis foi expulsa do PT.

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