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Relação com os EUA

Líder de Lula associa Trump ao nazismo por fala sobre moradores de rua em Washington

José Guimarães
José Guimarães atacou Trump após líder norte-americano ordenar saída de moradores de rua de Washington para abrigos "longe da capital". (Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados)

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O líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), saiu no ataque ao líder norte-americano Donald Trump nesta segunda (11) associando-o ao nazismo. O ataque ocorreu em relação a uma fala do presidente dos Estados Unidos no final de semana, que mandou moradores de rua deixarem a capital do país, Washington, oferecendo-lhes abrigo “longe da capital”.

A declaração de Trump foi considerada por Guimarães como “eugenia”, uma teoria cunhada no final do século 19 que, segundo o líder de Lula, teria relação com o movimento nazista.

“A ameaça de Donald Trump, de expulsar de Washington as pessoas em situação de rua, é uma manifestação escancarada de eugenia, uma das faces mais cruéis do nazismo. Os Estados Unidos têm, hoje, mais de 46 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza”, disse o deputado em uma rede social.

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Para José Guimarães, Trump deveria “aprender com Lula a dar dignidade a essas pessoas” que, na visão dele, o presidente norte-americano considera como “indesejáveis”, e que deveriam ser ajudadas a “superar a situação de pobreza extrema”.

“O Governo Lula tirou 24 milhões de pessoas da situação de vulnerabilidade alimentar. Em seus governos, pela segunda vez, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU”, completou na postagem.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou neste domingo (10) que as pessoas em situação de rua deixem Washington “imediatamente”, prometendo oferecer-lhes abrigo “longe da capital” e endurecer a punição contra criminosos, reenviando-os à prisão, “onde pertencem”. A Casa Branca, no entanto, não especificou qual base legal permitiria a retirada forçada.

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Em uma postagem na plataforma Truth Social, Trump anexou imagens de acampamentos e lixo espalhado pelas ruas, e anunciou uma coletiva de imprensa marcada para esta segunda-feira (11), na qual detalhará seu plano para “tornar a cidade mais segura e bonita do que nunca”.

Desde que voltou ao poder em janeiro, o presidente tem ameaçado assumir controle federal sobre Washington — cidade com estatuto especial de autogoverno. No entanto, a medida exigiria aprovação do Congresso, já que sua jurisdição atualmente se limita às áreas e edifícios federais.

Segundo dados da organização Community Partnership, cerca de 3.782 pessoas passam as noites em situação de rua na capital, com quase 800 efetivamente dormindo nas vias públicas. O relatório anual do Departamento de Habitação dos EUA registrou que, em 2024, Washington ocupava a 15ª posição entre as principais cidades americanas em número absoluto de pessoas sem-teto.

A prefeita Muriel Bowser reagiu às declarações de Trump, afirmando que não há “onda de criminalidade” na cidade. Ela destacou que os crimes violentos caíram 26% nos sete primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto a criminalidade geral recuou 7%.

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