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O presidente Lula (PT) durante discurso na sessão extraordinária do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes, no Cairo (Egito)
O presidente Lula (PT) durante discurso na sessão extraordinária do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes, no Cairo (Egito)| Foto: Reprodução/Canal Gov

Ao discursar durante sessão extraordinária do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes, no Cairo (Egito), o presidente Lula (PT), anunciou um “novo aporte de recursos” à Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). A agência tem sido acusada por Israel de colaborar com os terroristas do Hamas.

“No momento em que o povo palestino mais precisa de apoio, os países ricos decidem cortar a ajuda humanitária à agência da ONU para refugiados palestinos. As recentes denúncias contra funcionários da agência precisam ser devidamente investigadas, mas não podem paralisá-la. É preciso pôr fim a essa desumanidade e covardia, basta de punições coletivas [...] Meu governo fará um novo aporte de recursos para a UNRWA e exortamos todos os países a reforçar suas contribuições”, disse Lula nesta quinta-feira (15).

No fim de janeiro de 2024, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cancelou uma reunião com o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, e pediu sua demissão por apoio ao terrorismo, devido ao suposto envolvimento de 13 dos seus funcionários no ataque de 7 de outubro.

Segundo documentos parciais da inteligência israelense entregues aos Estados Unidos, e revelados pelo jornal The New York Times, um dos trabalhadores da agência sequestrou uma mulher e outro ajudou a levar o corpo de um soldado durante os ataques de 7 de outubro.

Um terceiro funcionário do órgão teria participado do massacre do kibutz Beeri, onde 97 pessoas foram assassinadas.

Ainda, segundo imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), terroristas do Hamas mantinham um túnel embaixo da sede da UNRWA em Gaza, bem como usariam um espaço como sala de abastecimento elétrico e centro de dados para inteligência e comunicação.

Após a divulgação das denúncias de Israel, diversos países, incluindo Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, congelaram temporariamente suas contribuições para a UNRWA.

A agência já rescindiu os contratos de todos os envolvidos e abriu uma investigação, segundo anunciou esse órgão das Nações Unidas.

Na semana passada, ao ser homenageado em um jantar na Embaixada palestina, em Brasília, Lula prometeu que faria um “aporte adicional de recursos” para a UNRWA.

O valor que será repassado à agência pelo governo brasileiro ainda não foi divulgado.

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