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O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta terça (26), em Brasília, para discutir temas ligados à política mundial. Em um evento recente em Belém, o político do Reino Unido recomendou que o Brasil não entre em discussões que pode não conseguir um consenso, como as tensões entre Estados Unidos e China e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Hoje conversei com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, sobre a situação política mundial. Ele me manifestou sua alegria e a importância da volta do Brasil ao cenário mundial. Eu tenho muito respeito e sempre sou agradecido aos líderes mundiais que acreditaram e apoiaram o Brasil nos meus primeiros mandatos”, disse Lula pelas redes sociais.
No começo da tarde, o Palácio do Planalto divulgou que Lula e Blair conversaram também sobre políticas de sustentabilidade, paz e combate à pobreza "conferindo maior protagonismo aos temas de interesse do Sul Global".
Blair ainda destacou as possibilidades de contribuição do Brasil para o desenvolvimento do continente africano. Lula anunciou, no mês passado, investimentos nas áreas de agricultura, saúde, turismo e defesa em Angola.
Tony Blair participou recentemente de um evento em Belém em que afirmou que o Brasil poderia se destacar na próxima reunião do G20 se propusesse soluções relacionadas ao combate às mudanças climáticas e à saúde global, em vez de tentar resolver as questões geopolíticas em grande escala.
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Além do encontro com Lula nesta semana, Blair participou de um evento na segunda (23), no Rio de Janeiro, em que abordou a importância das reformas conduzidas pelo governo, como a tributária e medidas econômicas, que reforçam a importância do país na economia internacional.
O ex-primeiro-ministro britânico ressaltou que o Brasil já é considerado um líder no Sul Global e terá oportunidade para expandir a influência no exterior no próximo ano, ao presidir o G20, e em 2025, quando sediará a COP-30, a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Blair enfatizou a importância dessas reuniões para estabelecer um plano de ação voltado para o financiamento da transição energética e o investimento em novas tecnologias.
Ele destacou que, embora os fundos de investimento estejam disponíveis para financiar projetos de energia renovável, os governos em países em desenvolvimento precisam criar condições favoráveis e projetos de qualidade para atrair esses investimentos.
Blair enfatizou que governos com economias fortes e casas em ordem têm mais chances de atrair investimentos em setores-chave, como energia limpa, desempenhando um papel crucial na transição global para uma economia mais sustentável.
