• Carregando...
Lula
Primeira live do “Conversa com o Presidente” ocorre após cinco meses de governo e pretende aproximar comunicação.| Foto: reprodução/Youtube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta terça (13) uma live no estilo de entrevista para falar sobre as ações que tem realizado. O “Conversa com o Presidente” começa após mais de cinco meses de governo em que vem assistindo a uma queda de popularidade por dificuldades de articulação com o Congresso e esvaziamento de pastas que considerou prioritárias durante a campanha, como Meio Ambiente e Povos Indígenas.

O programa, que promete ser semanal, é a adaptação do formato utilizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de se comunicar com os brasileiros através de lives pela internet. A melhora na comunicação vinha sendo apontada como um problema pela equipe de Lula, de que não havia uma comunicação direta com os eleitores exceto por entrevistas na mídia e discursos em eventos oficiais.

Durante a primeira edição do “Conversa com o Presidente”, Lula comentou a execução dos programas sociais desde o começo do novo governo, voltou a ressaltar o objetivo de “entregar o país melhor em 2026”, e que precisa olhar para todas as classes sociais – e não apenas para as pessoas mais vulneráveis que foram o foco das primeiras ações, como a retomada do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida.

No entanto, o presidente reclamou que um mandato de quatro anos é pouco para conseguir realizar as ações que planeja, mas sem deixar claro se pretende disputar uma reeleição no próximo pleito.

“O problema é que o mandato é muito curto. Num país em que você tem todas as dificuldades legais para fazer uma obra qualquer, pra fazer um investimento, que você tem fiscalização, tem Tribunal de Contas, que tem impeditivo, que você tem o Congresso que tem que passar muitas coisas, o mandato de quatro anos às vezes você não consegue aprovar um projeto importante”, disse.

Lula citou o mandato do ex-presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, que “quase não aprovou nenhum projeto”. O presidente diz que “tem pressa” com as ações que pretende, e que costuma passar isso aos ministros, e que vai cobrar deles uma aceleração nos projetos das pastas na reunião ministerial da próxima quinta (15).

O presidente disse, ainda, que cobra dos ministros uma jornada de trabalho que começa cedo e vai até tarde por conta do tempo que tem de mandato. “Nada de ter medo de cara feia, nada de ficar colocando dificuldade”, disse.

Apesar de cobrar agilidade dos ministros na execução das ações das pastas, Lula evitou falar (e não foi questionado) sobre a dificuldade de articulação que vem tendo com o Congresso Nacional – em especial com a Câmara dos Deputados – para fazer passar os projetos de interesse do governo. Também evitou comentar sobre a provável saída de Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) do Ministério do Turismo, que teria sido autorizada por ele na segunda (12) por pressão do União Brasil.

Projetos em fase de elaboração

Ainda durante a live, Lula disse que o governo vai lançar uma nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no dia 2 de julho, que já vem sendo ventilado nos bastidores e em algumas declarações públicas de ministros desde o mês de abril. No entanto, o presidente não deu detalhes de como será a nova ação, apenas citou que assumiu o governo com 14 mil obras paradas no país.

Lula também comentou que o Minha Casa Minha Vida (MCMV) precisa atender também a classe média brasileira que ganha entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, mas sem se aprofundar em detalhes de como serão as regras. A medida provisória que retomou o programa foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada e deve ser discutida no Senado ainda neste mês.

“Precisamos ter capacidade de fazer para essa gente também, pensar em todos os segmentos da sociedade”, disse. Pelas regras aprovadas pela Câmara, o MCMV tem uma faixa de renda para famílias com renda bruta de R$ 4,4 mil a até R$ 8 mil.

E comentou, ainda, que o acordo Mercosul-União Europeia deve ser fechado até o final do ano após a reunião que teve na segunda (12) com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ele entregou a ela um documento com as exigências do Brasil para fazer parte do acordo, como o de continuar priorizando compras governamentais de pequenos e médios empresários brasileiros.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]