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Lula cutuca Trump e Milei e diz que não faz “bravata” em seu governo

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Crítica de Lula a Trump ocorre no mesmo dia em que entrou em vigor a taxação de 25% do aço exportado aos EUA. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o presidente norte-americano Donald Trump nesta quarta (12) afirmando que não quer fazer um governo de “bravata” no Brasil. A cutucada se estendeu ao homólogo argentino Javier Milei, de quem é opositor desde a campanha eleitoral no país vizinho.

A crítica de Lula a Trump ocorreu no mesmo dia em que passou a valer a taxação de 25% sobre o aço brasileiro exportado aos Estados Unidos, e que ele afirmou em discursos passados que iria adotar a reciprocidade. No entanto, o governo brasileiro tenta negociar uma alternativa com a ajuda do setor metalúrgico.

“Eu não quero ser um Trump e nem um Milei, não quero fazer bravata. Eu não vou. Eu estou tranquilo e sereno, tenho um bom governo, bons ministros, bons presidentes de bancos, bons deputados, bons amigos sindicalistas. Por que eu vou ficar nervoso e fazer bravata”, questionou durante a cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”, que concederá empréstimo consignado para CLT e MEIs.

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A fala ocorreu no momento em que comentava que tem responsabilidade fiscal e que o governo não dará um “cavalo de pau” na economia. “Não pensem que eu tenho o direito de fazer algum absurdo com esse país. Economia não se faz com mágica, a gente não inventa”, afirmou.

Ele também comentava sobre eventuais discórdias que ocorrem entre seus ministros, principalmente Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), em que ele atua como uma espécie de mediador – “separador dessa briga”, pontuou.

Um pouco mais cedo, Haddad afirmou que o governo está estudando propostas do setor produtivo do aço para rebater as alegações do governo dos Estados Unidos para taxar em 25% as exportações do produto. Haddad afirmou que não há lógica para os argumentos para a taxação, que “não é um bom negócio nem para os americanos”, e que há um “diagnóstico equivocado”.

Haddad também disse que o próprio presidente pediu “muita calma nessa hora” na negociação com o governo americano para chegar a uma solução sobre a taxação. A retaliação, disse, não será imediata.

A tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou em vigor nesta quarta-feira (12). A taxação abrange todos os países que negociam esses produtos com os americanos.

Apenas no ano passado, o Brasil exportou US$ 11,9 bilhões em ferro fundido, ferro e aço, dos quais US$ 5,7 bilhões – 48% do total – foram para o mercado norte-americano.

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