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O presidente Lula (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), protagonizaram, no final da tarde desta terça-feira (11), a segunda troca de indiretas do dia durante um evento público. Os dois participaram da cerimônia que marcou a ampliação de produção de aço da Gerdau, em Ouro Branco (MG).
“Eu tenho muito orgulho, porque eu posso olhar na cara do governador Zema, como eu poderia olhar na cara de qualquer governador do país, e dizer para eles: Nunca antes na história do Brasil teve um presidente da República que fizesse a quantidade de investimento que nós estamos fazendo em Minas Gerais”, afirmou o petista, deixando de lado o discurso escrito previamente.
Lula desafiou Zema a apresentar, no próximo encontro deles, quanto o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) investiu no Estado. O mineiro apoiou o ex-mandatário no segundo turno das eleições de 2022.
“Pode perguntar para o Aécio Neves, que foi governador por 8 anos. O Zema é governador há 6 anos, governou 4 anos com o Bolsonaro. No próximo discurso que eu tiver [no Estado], quero que ele [Zema] traga para mim quanto o Bolsonaro colocou no Estado de Minas Gerais para que a gente saiba”, enfatizou o chefe do Executivo.
“Eu trato ele bem porque gosto dele e sou republicano, eu não trato o Zema bem porque ele é do meu partido. Eu não quero saber de que partido é o governador, eu quero saber se ele é governador, se ele foi votado, foi eleito, ele tem que ser respeitado. É assim que trato as pessoas”, completou.
Antes do pronunciamento de Lula, Zema disse que o Estado “estava falido” quando assumiu o cargo, em 2019, devido a gestão do seu antecessor, Fernando Pimentel (PT). “Minas fez a lição de casa. Hoje nós temos equilíbrio nas contas [públicas]. É isso que faz uma cidade, um Estado e também um país avançar”, afirmou.
Silveira critica “pessimistas de plantão” e ironiza Zema
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aproveitou o evento para rebater Zema, que discursou antes dele. Silveira afirmou que “pessimistas de plantão” erram ao criticar os resultados do governo Lula.
“Em 2024, tivemos o menor índice de desemprego da nossa história. Fico só de butuca vendo pessimistas de plantão, governador Zema, errando mais uma vez… O Brasil está crescendo, sim, e não podemos e não vamos ceder a especulação de poucos”, declarou.
O ministro também ironizou o vídeo em que Zema come uma banana com casca. O governador divulgou a gravação em fevereiro para criticar uma declaração de Lula sobre a alta no preço dos alimentos. Na ocasião, o presidente sugeriu que a população deixasse de comprar produtos caros no mercado.
“O senhor presidente, gosta de comer banana sem casca, mas, mais do que isso, o senhor gosta de descascar grandes abacaxis em favor dos brasileiros”, afirmou Silveira.
Alckmin tenta amenizar “climão”
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), tentou amenizar o clima de embate que dominou o evento, fazendo uma piada com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco (MG), Raimundo Nonato Roque de Carvalho, no início de seu pronunciamento.
“O Raimundo e eu temos um slogan, presidente Lula: ‘É dos carecas que elas gostam mais’”, disse. Alckmin também lembrou do passado do petista como metalúrgico durante o evento da Gerdau. “A indústria do aço vai crescer ainda mais. Presidente Lula, é o homem da indústria, trabalhador da indústria”, acrescentou.
Mais cedo, Alckmin tentou emplacar outra piada com o nome da empresa Stellantis, onde foi realizado o primeiro evento da agenda entre Lula e Zema.
“Essa é uma cerimônia iluminada. Stellantis, no termo latino stello, é iluminar com as estrelas… Ela ilumina o desenvolvimento com sustentabilidade, com eficiência energética, com inovação e com mobilidade verde”, disse. “E para encerrar, vamos descontrair. Como falamos de astro e de estrela, faço uma pergunta: por que a estrela não mia? Porque astronomia”, emendou.
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