O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã desta quinta (20), que o agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, pediu demissão “por conta própria”. Foi a primeira fala pública do presidente após imagens vazadas à imprensa revelarem Dias circulando entre manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Lula foi questionado por jornalistas na saída para um evento no Palácio do Planalto se havia ficado chateado com a demissão de Dias. “Não, ele saiu por conta própria”, disse em registro do Valor Econômico.
Gonçalves Dias é o primeiro ministro a deixar a Esplanada no novo governo do presidente Lula, e pediu demissão após a repercussão das imagens divulgadas na quarta (19) que o mostram junto de outros agentes do GSI nas dependências do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
As imagens não tinham sido reveladas e estavam sob sigilo. A divulgação das gravações do circuito interno de segurança também serviram de munição para aumentar a adesão de deputados à CPMI que vai investigar a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e que levou o governo a mudar o discurso e apoiar a instalação da comissão.
Até a manhã desta quinta (20), o requerimento para criar a CPMI já contava com as assinaturas de 218 deputados e 37 senadores, sendo que o mínimo necessário é de 171 e 27, respectivamente. Entre os deputados que aderiram ao pedido estão alguns de partidos que têm alas favoráveis ao governo, como União Brasil, PP e PSD. A expectativa é de que o requerimento seja lido na próxima quarta (26) durante uma sessão conjunta do Congresso.
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