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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por exames de rotina em São Paulo na tarde de quinta (20) e para uma avaliação pós-operatória dos dois procedimentos no crânio a que foi submetido no final do ano passado.
Ele viajou de Brasília à capital paulista à tarde para o check-up anual, que deveria ter sido feito em dezembro, mas foi adiado por conta da cirurgia de emergência para conter um coágulo na membrana entre o crânio e o cérebro, decorrente do acidente doméstico sofrido em outubro do Palácio da Alvorada.
“O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje, 20/02/2025, no Hospital Sírio-Libanês, unidade Bela Vista, em São Paulo, para realizar o check-up anual, programado para dezembro de 2024, que precisou ser adiado devido ao procedimento cirúrgico. Todos os exames realizados estão dentro da normalidade, inclusive a tomografia de crânio para controle pós-operatório”, disse o boletim médico divulgado no final da noite.
O boletim médico aponta, ainda, que Lula segue com “acompanhamento médico habitual, sem previsão de novos exames” pelas equipes dos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.
Lula passou a noite em São Paulo e viaja ao Rio de Janeiro nesta manhã para participar de uma cerimônia no Porto de Itaguaí (RJ) e anúncio de recursos do Fundo da Marinha Mercante. Ele afirmou, em uma entrevista na quinta (20), que espera ter a presença do governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ), que já foi alvo de críticas dele por não participar de eventos oficiais do governo.
A mais recente ocorreu durante a cerimônia de reabertura do setor de emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, que passou por uma intervenção federal em parceria com a prefeitura da capital.
“O governador foi convidado e não veio. Eu não quero saber de que partido é o governador, [...] e ele poderia ter vindo aqui e fazer um discurso pra vocês para dizer como o estado vai cuidar da questão da saúde”, disparou Lula durante a cerimônia em tom de palanque eleitoral.
Lula voltou a despachar no Palácio do Planalto no começo de janeiro deste ano após quase um mês da cirurgia às pressas a que precisou ser submetido. Ele sofreu um procedimento de emergência na madrugada do dia 10 de dezembro após sentir fortes dores de cabeça ao longo do dia anterior, e um exame de imagem à noite revelou um sangramento de 3 centímetros na membrana entre o cérebro e o crânio.
O coágulo foi um reflexo ainda do acidente doméstico que sofreu em outubro no Palácio do Planalto.
Dois dias depois ele passou por um novo procedimento para prevenir novos sangramentos e teve alta hospitalar no dia 15, mas permaneceu por mais alguns dias na residência que mantém em São Paulo para se recuperar e fazer novos exames. Lula teve alta médica quatro dias depois e retornou a Brasília, mas seguiu despachando no Palácio da Alvorada.
“A parte de cognição está perfeita, pode trabalhar. Basicamente, é exercício físico [que não pode retornar]”, disse na ocasião o médico Roberto Kalil Filho, que chefia a equipe que cuida da saúde de Lula.








