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Lula
Lula diz que invasão russa à Ucrânia será discutida durante a reunião dos Brics na próxima semana, em Joanesburgo.| Foto: reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda (14) que a guerra da Rússia contra a Ucrânia vai se encaminhar para um término apenas quando os dois países “tiverem humildade” de sentarem para conversar e negociar a paz. A fala ocorreu durante a transmissão da live semanal, que teve picos de 3,5 mil pessoas assistindo.

Entre os vários temas discutidos na live, Lula voltou a enfatizar que a próxima reunião dos Brics – o bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vai levar a questão da guerra no Leste europeu para o debate. O encontro será realizado na próxima semana, entre os dias 22 e 24, em Joanesburgo.

Segundo Lula, não é possível que não haja um momento em que a Rússia e a Ucrânia sentem para conversar e “parem de se matar”. Ele diz que “é preciso encontrar um caminho, um denominador comum” para parar a guerra.

“Qual é o ponto? Possivelmente só os dois tenham, e quando os dois tiverem a humildade e quiserem conversar, vai se encontrar uma solução. Por enquanto, os dois acham que vão ganhar a guerra”, disse.

Lula completou a fala ao afirmar que o Brasil “tem que manter sua posição de não ter contencioso com ninguém”, mais uma vez sem tomar lado no conflito.

Ao longo dos últimos meses, Lula tem sido cobrado por não tomar uma posição mais firme contra a Rússia pela invasão ao território ucraniano, e já chegou a igualar a responsabilidade pela guerra aos dois países. Também já responsabilizou os Estados Unidos e a Europa por enviarem armamentos à Ucrânia como uma forma de prolongarem o conflito.

Até mesmo o próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já cobrou formalmente de Lula uma posição mais clara contra Vladimir Putin.

Na última reunião multilateral que participou, Lula ainda criticou as sanções impostas à Rússia pelos países ocidentais por conta da invasão, durante a III Cúpula Celac-União Europeia, realizada em Bruxelas. Ele disse que "recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional serve apenas para penalizar as populações mais vulneráveis".

Ainda durante a live, Lula fez críticas às pessoas que possuem porte e posse de armas, chamando-as de "covarde"; fez um balanço da Cúpula da Amazônia e do lançamento do Novo PAC, realizados na semana passada; e a articulação política com o Congresso, em que reconheceu mais uma vez não ter maioria para passar os projetos que considera prioritários.

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