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PL da Anistia

Lula diz que governo trabalhará contra a anistia aos condenados pelo 8/1

Lula
Presidente criticou movimento da oposição em querer uma anistia antes mesmo do julgamento de Bolsonaro. (Foto: reprodução/Youtube Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz que seu governo trabalhará contra o projeto de lei que pode conceder uma anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta passou a ser o foco da oposição após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (11), por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A oposição ao governo vem pressionando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a urgência da tramitação nas sessões da próxima semana. Uma proposta mais ampla prevê a anistia total aos envolvidos, beneficiando inclusive Bolsonaro.

"O governo vai trabalhar contra a anistia. Isso está escrito, gente. Está desenhado já se sabe quem foi que fez isso, quem ia fazer, não tem mais o que discutir. Obviamente, todo bandido vai dizer que é inocente. Agora, para você provar que é inocente, tem de mostrar a prova de que não cometeu o crime", afirmou em entrevista à Band exibida na noite de quinta (11).

Ele ainda questionou que "estranho porque os mesmos que dizem que Bolsonaro não cometeu crime estão pedindo anistia em vez de defender a inocência do ex-presidente. Como pode pedir anistia antes de o processo ter terminado".

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Como a entrevista foi gravada pela manhã, antes dos votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin que sacramentaram a decisão do STF, Lula não comentou sobre o resultado do julgamento. No entanto, criticou o voto de Luiz Fux que, na véspera, decidiu por inocentar o ex-presidente, condenado apenas o delator, tenente-coronel Mauro Cid, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro que concorreu à reeleição em 2022.

“Se o ministro Fux não quiser as provas, é um problema dele. Eu acho que as provas são fartas. O ex-presidente, covardemente, articulou tudo. Pensou tudo e não teve coragem, foi embora”, reclamou reafirmando que “o Bolsonaro tentou dar o golpe neste país”.

Fux foi vencido por 4 a 1 no julgamento com os votos de Cármen, Zanin, Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino.

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Lula ainda reforçou que o foco do governo é fazer passar no Congresso propostas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública, que ele mencionou na entrevista em tom de cobrança aos parlamentares. No entanto, a oposição já adiantou que deve atrasar essas votações se o projeto da anistia não avançar.

Na semana passada, o presidente afirmou que o “povo” precisa se mobilizar para tentar barrar a anistia, reconhecendo a possibilidade de derrota do governo.

“A extrema direita tem muita força ainda. Então, é uma batalha que tem que ser feita também pelo povo. O que eu queria pedir a vocês é isso, é que vocês têm um compromisso”, pontuou durante um encontro com lideranças em Belo Horizonte.

Lula ainda pontuou que essa “batalha” pelo povo é necessária por causa da atual composição do Congresso que “não foi eleito pela periferia”, embora reconheça que tenha aprovado muitas das propostas do governo.

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