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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta (14) que quer saber qual “ladrão passou a mão” no preço dos ovos vendidos no país. A crítica ocorre em meio à crise dos alimentos que vêm pressionando a popularidade dele – e a inflação – e que levou o governo a tomar medidas como a derrubada de taxas de importação para determinados produtos.
Lula disse que fez um estudo comparando o preço dos ovos vendidos no país em diferentes épocas, e que, principalmente neste começo de ano, houve uma disparada de R$ 144,05 em janeiro para R$ 210 em fevereiro na caixa com 30 dúzias.
“Nós estamos com um problema de alimento, que vocês já sabem que tem. O ovo está caro. Até hoje eu não encontrei uma explicação do porquê que o ovo está caro”, disse durante um evento para entrega de ambulâncias do Samu em Sorocaba (SP).
Pouco depois, ele emendou afirmando que “queremos encontrar quem é o pilantra que aumentou o ovo tanto”.
De acordo com o presidente, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos era de R$ 144,15 em janeiro de 2003 (ele costuma confundir os anos de 2003 e 2023 em seus discursos) e de R$ 143,09 no mesmo mês de 2024.
“Eu estou querendo descobrir onde é que teve um ladrão que passou a mão no direito do povo brasileiro de comer ovo. O povo brasileiro come, em média, 260 ovos por ano. É pouco, não dá nem um por dia”, pontuou Lula citando que a produção deste ano será de 59 bilhões de ovos.
Ele emendou afirmando que “não tem explicação esse ovo estar caro, alguém está passando a mão. Esse é o dado concreto, e nós queremos saber quem é”. O presidente ainda tentou justificar a falta de explicação para o aumento do preço do ovo citando que a quantidade exportada – que poderia justificar o aumento – não chega a 1% da produção.
Lula ainda disse que “alguém está sacaneando as galinhas” para a produção supostamente ter diminuído por causa das ondas de calor, uma das explicações para o aumento do preço segundo o que teriam relatado a ele.
Em outro momento, o presidente relembrou do bordão da campanha eleitoral de 2022 afirmando que “a carne vai baixar”.
“Vocês podem ter certeza que vão voltar a comer picanha outra vez, porque a carne vai baixar. Estamos numa briga tremenda”, citando que o vice-presidente Geraldo Alckmin está fazendo reuniões com produtores.








