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O presidente Lula (PT) revelou que encomendou uma pesquisa para sondar os programas sociais dos governadores que podem enfrentá-lo nas eleições de 2026. Os nomes investigados incluem, segundo Lula, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
"Eu não tenho nenhuma preocupação de competir, aliás, eu já mandei fazer um estudo das políticas sociais dos nossos possíveis adversários", disse o presidente, na reunião ministerial de encerramento do ano, nesta quarta-feira (17). A Gazeta do Povo entrou em contato com o Planalto para saber se a pesquisa mencionada por Lula foi financiada com dinheiro público. Até o momento, não obtivemos retorno.
"Perto de nós, eles não fizeram nada, e esse é um dado concreto", complementa o petista, recebendo aplausos de seus ministros em seguida. O presidente ainda elogiou a própria gestão: "não é narcisismo meu, mas não tem, eu vou dizer em letras garrafais aqui, palavras garrafais: não tem, na história do Brasil - eu vou livrar Dom Pedro II disso, porque é imperador, eu não discuto com imperador - mas depois da proclamação da República, todos vocês aqui são letrados, o único que não tem diploma aqui sou eu. Então todos vocês podem pesquisar a história deste país para saber se, em algum momento em todas as presidências depois da proclamação da República, alguém fez a quantidade de inclusão social que nós fizemos em três anos nesse país."
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Lula tem investido em políticas como a distribuição de gás gratuito a famílias de baixa renda e a tarifa social de energia elétrica, com foco nas eleições de 2026. Do outro lado, o governo federal deve fechar o ano com déficit de cerca de R$ 70 bilhões. A dívida pública também subiu, e agora representa 78,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior nível desde outubro de 2021, quando a proporção era de 79,5%.
Para compensar as receitas perdidas, o governo articula no Congresso um projeto que aumenta impostos de casas de apostas e fintechs. A proposta foi aprovada na Câmara e segue para o Senado, com previsão de arrecadação de cerca de R$ 20 bilhões.
O principal alvo de debates quanto à situação fiscal do Estado são os Correios. A empresa pública tenta um empréstimo de R$ 12 bilhões, a juros de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), para iniciar seu plano de reestruturação. A estatal já registra prejuízo de R$ 6 bilhões.




