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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça (3) que aceitará uma eventual perda da tentativa de reeleição no ano que vem – que ele já confidenciou a parlamentares, segundo interlocutores – e que isso faz parte do jogo democrático da alternância de poder.
De acordo com ele, a população tem o direito de não reelegê-lo se ele não entregar aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral anterior e ao longo do seu governo. Mas, que, não pode acontecer como ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016.
“Se eu chegar no final do ano que vem e não ter entregue, o povo tem o direito de dizer ‘ô cara, tchau e bença’. [...] O povo põe e tira, o que não dá é fazer a sacanagem que fizeram com a Dilma, [em que] o povo pôs e aí eles retiraram”, disse Lula durante uma entrevista coletiva a jornalistas no Palácio do Planalto.
Lula respondia a uma pergunta sobre a tão aguardada reforma ministerial que vem sendo estudada desde o final das eleições municipais do ano passado, e que teve algumas trocas pontuais nos ministérios da Saúde e das Relações Institucionais. Havia a possibilidade de que ele abriria mais espaço na Esplanada dos Ministérios para partidos aliados que mais elegeram prefeitos, entre eles o PSD, e para ampliar a base para a tentativa de reeleição no ano que vem.
No entanto, ele disse que está satisfeito com os atuais ministros e que, se houver alguma mudança, será de sua própria escolha, e não por acertos políticos. Aqueles que saírem do governo, diz, serão para concorrer nas eleições do ano que vem.
“Estou muito tranquilo com o governo, acho que as pessoas estão cumprindo exatamente aquilo que foi decidido, uns com mais rapidez, outros com menos, mas temos que respeitar também o comportamento humano, é de cada um”, disse.
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Para ele, “todos os dados, sem nenhuma distinção, são amplamente favoráveis ao nosso governo, amplamente favoráveis”.
Lula pontuou que vai anunciar mais três programas sociais, fará uma reunião ministerial e que se reunirá partidos da base que não são unânimes no apoio ao governo.








