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Efeito Trump

Lula diz que Trump deu “cavalo de pau” no mundo e que tarifaço “não vai dar certo”

Lula
Presidente criticou taxação imposta pelos EUA sobre produtos de dezenas de países do mundo. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça (8) o tarifaço imposto pelo homólogo norte-americano Donald Trump afirmando que ele deu um “cavalo de pau” contra o mundo e que a medida “não vai dar certo”.

A crítica ocorreu em meio às medidas que o Brasil estuda para decidir se aplicará alguma reciprocidade ou negociação pela taxação de 10% imposta por Trump aos produtos exportados – além dos 25% sobre o aço e o alumínio brasileiro.

“Estou vendo o comportamento do Trump, não sei o que vocês pensam. Mas, acho que não vai dar certo. Ninguém pega um transatlântico daquele muito carregado e faz as coisas que estão acontecendo lá”, disse em um evento da indústria da construção civil em São Paulo.

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Lula emendou afirmando que Trump “brinca” com o mundo “com quase 200 países que querem ter soberania e estabelecer um processo de harmonia”, enfatizando que “a coisa mais importante hoje é o multilateralismo”.

“Quantos anos vocês passaram ouvindo que era preciso defender o livre comércio e a globalização, e combater o protecionismo? E de repente o mundo tem um cavalo de pau em que o cidadão sozinho acha que ele é capaz de ditar regras pra tudo que vai acontecer no mundo”, disparou.

O presidente afirmou que as decisões que serão tomadas levarão em consideração a realidade brasileira e “o país que queremos”, mas sem detalhar qual caminho o governo deve seguir em reação à taxação de Trump.

Lula repetiu também que governa com responsabilidade fiscal e não com “bravata e mentira, porque não deu certo”, e que a economia não dará um “cavalo de pau”. Ele reafirmou, ainda, que é preciso trabalhar com uma “parceria de honestidade” entre o governo, o setor privado e o Legislativo.

“É preciso evitar bravatas”, disse o presidente lembrando que foi eleito com uma base pequena no Congresso e que conseguiu fazer aprovar a reforma tributária, além da “PEC fura-teto” antes de assumir o terceiro mandato.

Ainda durante o discurso, Lula voltou a atacar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando que o Brasil foi "semi-destruído", além de críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no começo do mandato de que o país teria um baixo crescimento -- e que chegou aos 3%.

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