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STF

Maioria da Primeira Turma rejeita recurso de Braga Netto contra vídeo de Moraes

Braga Netto contesta vídeo exibido por Moraes em julgamento
Defesa de Braga Netto considera que vídeos usados por Moraes em julgamento “extrapolam os limites da narrativa acusatória”. (Foto: Anderson Riedel/PR)

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quarta-feira (14), para rejeitar um recurso apresentado pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (PL). Ele tentava anular a exibição de vídeos apresentados pelo ministro Alexandre de Moraes durante a sessão que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado.

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Além de imagens sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, Moraes também mostrou vídeos das tentativas de invasão da sede da Polícia Federal em Brasília, ocorrida em 12 de dezembro de 2022, e de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal daquele ano.

Para os advogados, os vídeos dos episódios ocorridos nos dias 12 e 24 de dezembro de 2022 “extrapolam os limites da narrativa acusatória”, pois não constam na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o general.

Até o momento, votaram contra o pedido do general os ministros Alexandre de Moraes — relator do caso —, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Os ministros Flávio Dino e Luiz Fux ainda não se pronunciaram, mas têm até sexta-feira (16) para votar.

No voto depositado em plenário virtual, na última sexta-feira (9), Moraes disse que os vídeos exibidos por ele no julgamento fazem parte do contexto do processo.

“Na presente hipótese, os vídeos apresentados durante a sessão de julgamento retrataram os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8/1/2023, no contexto da prática dos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, conforme amplamente narrado na denúncia”, diz um trecho do voto de Moraes.

Vídeo foi usado em julgamento que tornou réus Braga Netto, Bolsonaro e mais seis pessoas

O vídeo foi exibido por Moraes durante o julgamento que acabaria aceitando as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais seis pessoas por suposta “trama golpista”.

Enquanto as imagens eram exibidas, sem que as defesas tivessem sido comunicadas, Moraes fez o seguinte comentário: "Uma verdadeira guerra campal. Nenhuma Bíblia é vista e nenhum batom é visto nesse momento. Agora, a depredação ao patrimônio público, o ataque à polícia, é visto".

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