• Carregando...
Mauro Cid
Novo depoimento foi pedido pela PF no âmbito do acordo de delação premiada para esclarecer informações dadas pelo general Freire Gomes.| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal na próxima segunda (11), na investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. A oitiva foi agendada para às 14h segundo confirmou à Gazeta do Povo o advogado dele, Cezar Bitencourt, nesta quarta (6).

O novo depoimento será para que a autoridade confirme e esclareça as informações prestadas pelo ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, na última sexta (1º). O militar foi ouvido pela Polícia Federal por cerca de sete horas.

Mauro Cid firmou um acordo de delação premiada no ano passado e revelou as informações que levaram à deflagração da Operação Tempus Veritatis, no começo de fevereiro, que mirou Bolsonaro, ex-ministros, assessores e militares suspeitos de envolvimento num esquema para supostamente mantê-lo no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por conta do acordo, Cid pode ser chamado quantas vezes forem necessárias para novos depoimentos.

A defesa de Bolsonaro tem pedido para ter acesso integral às declarações dadas por Cid e pelos recentes depoimentos de Freire Gomes e do tenente-brigadeiro do ar, Carlos Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica ouvido também no mês passado.

“É indubitável que os termos de declarações de oitivas já realizadas constituem elementos já efetivamente documentados, tornando-se, assim, imperiosa a juntada dos aludidos termos a fim de garantir o acesso imediato a eles pela Defesa”, escreveu a defesa de Bolsonaro no mais recente pedido enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo as investigações, os ex-comandantes não aderiram à suposta proposta de um golpe de Estado.

As investigações levaram Bolsonaro a convocar uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia 25 de fevereiro, para se defender das acusações, pedir a pacificação do país e uma anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O ato teve a participação de cerca de 750 mil pessoas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]