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Dama do tráfico circulou por ministérios
Luciane Barbosa (4ª da esquerda para a direita) ao lado de Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, em 19 de março.| Foto: Reprodução/ Instagram

O Ministério dos Direitos Humanos afimrou por meio de uma publicação no X (antigo Twitter) que pagou a viagem e diárias para Luciane Barbosa Farias, conhecida como a "dama do tráfico amazonense" participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado entre os dias 6 e 7 deste mês em Brasília. Mas a pasta disse que não fez o convite à esposa de um líder do Comando Vermelho do Amazonas e atribuiu a responsabilidade a um comitê estadual.

Luciene é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho na região. Ele chegou a ser o número um na lista de procurados pelo governo do Amazonas até ser preso em dezembro do ano passado. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, mas Luciene responde ao processo em liberdade.

A "dama do tráfico" publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que viajou às custas do Ministério dos Direitos Humanos por ter sido indicada a uma vaga no comitê estadual do Amazonas, que faz parte do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Ela lamentou que com a polêmica pode ser impedida de tomar posse do cargo.

O Ministério de Direitos Humanos, comandando por Silvio Almeida, disse que a indicação dos participantes do evento era de responsabilidade exclusiva dos comitês estaduais, que possuem autonomia administrativa e orçamentária.

"Nem o ministro, nem a secretária, nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que contou com mais de 70 pessoas do Brasil e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes", afirmou a pasta no Twitter.

O ministro Silvio Almeida usou seu perfil pessoal na rede social para classificar a denúncia contra o ministério como difamação.

"Há também por trás disso a tentativa generalizada, por parte de extremistas de direita, de a todo momento fabricar escândalos e minar a reconstrução da política de direitos humanos, uma vez que só conseguem oferecer ao país caos e destruição. Num momento em que o Brasil retoma seu rumo, de forma desesperada, determinadas figuras tentam vincular o governo ao crime organizado", escreveu o ministro.

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