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Embargos infringentes

Moraes nega recursos de Bolsonaro, Ramagem e Heleno por considerar “procrastinatórios”

Moraes cita jurisprudência da Corte que exige duas divergências para processamento de embargos infringentes.
Moraes cita jurisprudência da Corte que exige duas divergências para processamento de embargos infringentes. (Foto: Antonio Augusto/STF)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes não conheceu os embargos infringentes apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL) e do general Augusto Heleno.

As três decisões monocráticas são desta sexta-feira (19) e possuem conteúdo idêntico. Nelas, Moraes alega que os recursos possuem "caráter procrastinatório". Os embargos infringentes estão previstos no regimento interno do STF: "Cabem embargos infringentes à decisão não unânime do Plenário ou da Turma que julgar procedente ação penal", caso dos réus da ação penal nº 2.668 (núcleo 1). Caso fossem conhecidos e providos, o caso iria a plenário.

Apesar disso, Moraes cita a jurisprudência da Corte que entende pela necessidade de pelo menos dois votos pela absolvição para o processamento dos embargos. No caso do núcleo 1, apenas o ministro Luiz Fux votou favoravelmente aos réus. O relator ainda cita precedentes no mesmo sentido nos julgamentos contra os réus pelas manifestações de 8 de janeiro, em Brasília, reforçando também que "esse entendimento do Supremo Tribunal Federal, no sentido da exigência de dois votos absolutórios próprios, é pacífico há mais de sete anos."

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Relembre as penas e a situação de Bolsonaro, Ramagem e Heleno

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão. Com uma eventual sanção ou derrubada de veto do projeto de lei da anistia, sua pena pode ser reduzida para dois anos e quatro meses. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Alexandre Ramagem recebeu pena de 16 anos. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está nos Estados Unidos e teve seu mandato cassado por decisão da mesa diretora da Câmara.

Augusto Heleno aguarda a conclusão de uma perícia da Polícia Federal (PF) sobre seu diagnóstico de Alzheimer. A conclusão pode levar a uma prisão domiciliar humanitária do militar de 78 anos. Ele foi condenado a 21 anos de prisão e está detido no Comando Militar do Planalto.

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