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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Imagem: Divulgação)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Imagem: Divulgação)| Foto:

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, usou o Twitter neste sábado (27) para defender a permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em seu ministério. "Há discussão no Congresso para ele voltar para a Economia. Respeitosamente, não é o melhor", escreveu Moro em sua conta, ressaltando ainda que o ministro Paulo Guedes "não quer" esta transferência. O órgão de inteligência investiga operações financeiras suspeitas.

"Qualquer decisão será, por óbvio, respeitada, mas estamos conversando com os parlamentares para mantê-lo. No combate ao crime, integração é a chave", ressaltou Moro na rede social. Na última sexta-feira (26), em Belo Horizonte (MG), Moro já havia defendido publicamente a manutenção do Coaf na Justiça, pois Guedes "tem outras atribuições".

Neste sábado (27), Moro postou sete tuítes para defender a permanência do Coaf em sua pasta. "O Coaf foi fortalecido por sua transferência ao MJSP por decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro", escreveu o ex-juiz titular na primeira instância da Operação Lava Jato. Esta semana, porém, Bolsonaro disse em café com jornalistas não se opor em tirar o Coaf de Moro. "Não me oponho em voltar o Coaf para o Ministério da Economia, apesar de o Paulo Guedes estar com muita coisa."

"O Coaf estava meio esquecido, no governo anterior, no Ministério da Fazenda. Veio, no novo, integrar o MJSP", destacou Moro neste sábado. O plano do ministro é dobrar o número de pessoas no Coaf, dos atuais 37 funcionários para 65 até o final do ano. "Criamos um setor específico dedicado a atender o investigador, MP ou policial, da ponta, com informações estratégicas", postou Moro.

15 mil comunicações por dia

O presidente do Coaf, Roberto Leonel, destacou esta semana em evento em São Paulo que a instituição recebe uma média de 14 mil a 15 mil comunicações por dia, de todas as áreas, incluídas as operações suspeitas de lavagem de dinheiro, tentativas de remessa ilegal de recursos. Desse total, 93% das comunicações vêm do sistema financeiro.

Em 2018, foram 2,980 milhões de comunicações de bancos e corretoras enviadas ao órgão. Leonel também falou dos planos de dobrar o tamanho da instituição e ainda melhorar a capacitação dos funcionários e a tecnologia para a análise dos dados.

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