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Luciane Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas.
Luciane Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas.| Foto: Reprodução/ Instagram

A presidente do Instituto Liberdade do Amazonas, Luciane Barbosa Farias, esposa do traficante e líder do Comando Vermelho (CV), Clemilson dos Santos Farias, publicou uma nota nesta segunda-feira (13) rebatendo às críticas sobre a sua participação em reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A mulher, também conhecida coma a “dama do tráfico amazonense, disse que “luta por garantir dignidade e direitos fundamentais” ao seu esposo, que é considerado um criminoso de “altíssima periculosidade”, de acordo com o Ministério Público do Amazonas.

“Não sou faccionada de nenhuma organização criminosa e venho, como inúmeras outras esposas e familiares, sendo criminalizada pelo fato de ser esposa de um detento”, escreveu em nota publicada no Instagram.

Segundo Luciane, os encontros no Ministério da Justiça tratam-se de uma articulação política pelos direitos humanos no sistema carcerário. “Não enxergo que pratico crime em pedir as reuniões em interlocução e nem que as autoridades, que estão cumprindo o papel institucional para o qual foram eleitas, nos receberam em diferentes instâncias em Brasília, possam ser criticadas e descredenciadas por isto.”

O marido de Luciane, conhecido como tio Patinhas, está preso desde dezembro do ano passado, após ter sido sentenciado à 31 anos de prisão. Ela também foi sentenciada, a 10 anos, por envolvimento com o CV e condenada por lavar dinheiro para a organização criminosa. Porém, recorre em liberdade. “Que eu saiba, no Brasil, definido pela instância máxima da Justiça, uma pessoa só pode ser considerada criminosa após o trânsito em julgado”, argumentou na nota.

Luciane ainda cita como uma de suas pautas, a resolução do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovada no último mês, que reconheceu “o estado inconstitucional de coisas do sistema carcerário”. Pela decisão do STF, a União e os estados terão o prazo de três anos para elaborar planos de enfrentamento aos problemas no sistema prisional. “Que possamos discutir e contribuir no plano que será feito pelos governos até março de 2026”, disse.

“Queremos o fim da da pena de fome, que familiares não sejam privados de suas visitas, fim da tortura e uma série de outras mazelas, reconhecidas pelo STF, que assolam os cárceres do nosso país”, acrescentou.

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